Revista Geoaraguaia https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo <p>A <strong>Revista Geoaraguaia</strong> é um periódico eletrônico do curso de Geografia da UFMT/Araguaia, que publica trabalhos científicos nacionais e internacionais na área das ciências humanas, ambientais e afins. Suas publicações são semestrais e o peródico foi avaliado pela CAPES com a Qualis A3 na área Interdisciplinar.</p> <p><strong>ISSN: 2236-9716</strong></p> <p> </p> <p><strong>Chamada para Submissões de Artigos no Dossiê “Inclusão na Educação Geográfica: teorias e práticas” - prazo para submissões: 30.06.2024</strong></p> Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Araguaia pt-BR Revista Geoaraguaia 2236-9716 <p>A <strong>Revista Geoaraguaia</strong> poderá solicitar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua. Se necessário, alguns ajustes normativos podem ser feitos pela revista, porém respeitando o estilo dos autores. </p> <p>As provas finais não serão enviadas aos autores.</p> <p>As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.</p> <p> </p> ¿Qué les preocupa? ¿Qué les molesta? El género y la sexualidad, nociones peligrosas para algunas iglesias (neo)pentecostales de Uruguay https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16526 <p>Este artículo se basa en una investigación etnográfica que se centra en analizar el impacto de las iglesias (neo)pentecostales de Uruguay en las trayectorias de vida y las subjetividades de sus miembros, especialmente en lo que respecta a modelos de género y relaciones afectivo-sexuales. En el actual contexto de creciente neoconservadurismo y antagonismo a las cuestiones de género, estas iglesias han emergido como actores políticos locales e internacionales con posturas destacadas en oposición al aborto, a las sexualidades no normativas y a las leyes que promueven la igualdad de género y los derechos sexuales y reproductivos. El objetivo radica en comprender cómo la sexualidad y los discursos políticos se entrelazan impregnándose en las experiencias de las personas que asisten a estas iglesias. Los discursos no sólo construyen la realidad, sino que también se encarnan en las prácticas de las personas, ya sea reproduciéndolos, resistiéndolos o modificándolos. La sexualidad, la reproducción y el género son temas centrales para estas iglesias, lo que hace crucial desentrañar los significados que construyen en torno a estos asuntos. En este texto, analizaré las concepciones de género y sexualidad en este contexto religioso basándome en mi trabajo de campo que incluye observación participante en servicios y cultos de las iglesias (neo)pentecostales y entrevistas a líderes religiosos y fieles de estas comunidades. El objetivo es arrojar luz sobre la influencia de estas iglesias en las vidas de las personas y en las discusiones contemporáneas sobre género y sexualidad.</p> Laura Mercedes Oyhantcabal Copyright (c) 2024 Laura Mercedes Oyhantcabal 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 11 40 “CONMIHIJOSNOTEMETAS” O Movimento Antigênero na Educação da América Latina https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16524 <p>O texto procura apresentar os ataques na educação na América Latina por parte de fundamentalistas religiosos e políticos quando da discussão nos currículos ao termo gênero e diversidade sexual nas escolas. A partir de uma revisão bibliográfica recente, até 2022, abordamos como a oposição à "ideologia de gênero" na América Latina por parte de grupos conservadores, políticos e religiosos, se transformou em ideologia antigênero e capital político e simbólico, tanto de religiosos quanto de políticos.&nbsp; Destaca-se como as estratégias de disseminação de informações falsas e a mobilização contra políticas relacionadas à igualdade de gênero e à diversidade sexual, transformaram-se em pânico moral e sexual. Para compreendermos esse movimento antigênero, nos utilizamos de uma metodologia multissituada com fontes diversas e encontradas, sobretudo em sites de notícias latino-americanos e em páginas da rede social <em>Facebook, </em>onde movimentos antigênero se utilizam do sensacionalismo, e por vezes teorias da conspiração, para causar impactos em seus(suas) leitores(as). O estudo investigou como ocorre esse ataque regionalizado em contexto do sul global, quais são as suas estratégias e qual o reflexo dessas ações na comunidade e para a minorias pertencentes a ela.</p> <p><strong>Palavras-Chave</strong>: Antigênero; América Latina; Educação; Pânico Moral.</p> Assis Felipe Menin Joana Maria Pedro Copyright (c) 2024 Assis Felipe Menin, Você 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 41 70 A (Cis)Heterossexualidade Como Pedagogia Afetiva: Notas Para Pensar o Género Na/Através da Educação. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16522 <p>Este texto procura mobilizar o pensamento crítico sobre o que estamos fazendo, especialmente nós que somos educadores, com a nossa formação “em” gênero em relação às ações que diariamente configuram uma experiência sexo-genérica, tanto a nossa quanto a dos outros. E isto tendo em conta que a hierarquia institucional representa uma diferença de grau muito importante quando se trata de (re)produzir discursos em torno da “diversidade” sexual e sexo-género. Para isso, através de um método indicativo, serão explorados alguns eixos teóricos em torno da (cis)heterossexualidade como regime político e das pedagogias afetivas que dela resultam, bem como dos silêncios que se instituem mesmo dentro de espaços relativos à educação sexual integral. (ESI).</p> Carli Prado Copyright (c) 2024 Carli Prado 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 71 89 Gênero e Patriarcado: Contribuição do Machismo Estrutural Para a Insegurança das Mulheres Urbanas https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/17067 <p><span style="font-weight: 400;">O cotidiano das mulheres é marcado pela insegurança e por diferentes formas de violência (física, moral, sexual, patrimonial etc.) as quais elas estão sujeitas diariamente. Neste sentido, o objetivo deste artigo é compreender como o machismo estrutural, advindo do patriarcado, contribui para que a violência contra as mulheres seja uma prática perpetuadas na sociedade. Com foco nos trabalhos sobre assédio sexual, foi realizado um levantamento bibliográfico para compreender os conceitos de gênero e de interseccionalidade, e como estes explicam a realidade das mulheres urbanas violentadas. Por meio do levantamento foi possível estabelecer uma relação entre a falta de mobilidade urbana, um dos elementos de insegurança para as mulheres, e a perpetuação dos atos de assédio cometidos por homens.</span></p> Laura Gomes da Costa Sergio Nabarro Copyright (c) 2024 Laura Gomes da Costa, Sergio Nabarro 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 90 99 Quando o Capital Abraça o Feminismo: Femonacionalismo e Femocolonialismo em Debate https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16586 <p>Resumo: O presente artigo parte da necessidade de avaliar as vitórias parciais dos movimentos feministas contemporâneos no âmbito da reestruturação planetária do capital, através do estudo das transformações das relações entre “capitalismo” e “feminismo” no último meio século. Ele se inscreve num eixo ainda pouco desenvolvido pelos atuais estudos de gênero, visando entender a reconfiguração do capitalismo contemporâneo no que diz respeito sua relação com as lutas pela igualdade de gênero e o avanço rumo à democracia sexual, isto é, sua capacidade inédita de instrumentalização, incorporação, absorção parcial do projeto feminista de emancipação redefinindo-o nos termos do mercado. Exploramos a recomposição dessa relação operada nos fenômenos de femonacionalismo e femocolonialismo, que vêm instrumentalizando certas conquistas e pautas feministas com finalidade de favorecer a expansão capitalista, reafirmar e legitimar processos de racialização e de neocolonialismo ao redor do mundo. Apontamentos, para finalizar, para a necessidade de refletir sobre a ideia de instrumentalização, indo além de um entendimento em termo de mera manipulação e considerando seus efeitos de neutralização sobre projetos feministas alternativos.</p> Annabelle Bonnet Copyright (c) 2024 Annabelle Bonnet 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 100 119 Redes Sociais: Quais os Discursos e Quem Representa as Mães Acadêmicas na Academia Brasileira? https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16513 <p>Analisando o debate contemporâneo em relação à carreira e a maternidade a partir de narrativas de mulheres que interagem nas redes sociais para falarem de seus cotidianos e táticas de enfrentamentos para lidarem com a carreira e a maternidade. Este artigo busca verificar quem tem representado as mães acadêmicas nas redes sociais. Para isto, utilizamos como instrumentos de coleta de dados cinco perfis do <em>instagram: </em>@parentinscience; @maesqueescrevem; @nucleomaterna; @mmi.ufpe e @materniencia.ufu, que foram interpretados à luz da análise de conteúdo e do discurso para investigar quem são estas mães, as mensagens repassadas, a interação do público e as percepções a partir do que foi ditto. Conclui-se que há uma romantização e essencialismo nos discursos sobre maternidade e produtividade científica, conduzindo à uma visão eurocêntrica de supremacia branca, pois pautam-se em discursos hegemônicos e unificados.</p> Silvana Maria Bitencourt Lusiene Araújo da Conceição Dias Copyright (c) 2024 Silvana Maria Bitencourt, Lusiene Araújo da Conceição Dias 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 120 138 O Racismo nas Dobradiças da Saúde Reprodutiva em Cuba: Uma Análise Feminista Negra https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16448 <p>Neste trabalho recorro aos feminismos negros enquanto territórios de práxis e epistemologias hifenizadas que aportam instrumentos críticos para a abordagem da saúde como objeto de disputa política. É dentro deste marco que tomo a política de reprodução assistida em Cuba como objeto de uma indagação feminista negra baseada no conceito de matriz de dominação. Ao revisitar a pesquisa onde iniciei esta análise, descrevo as principais características da matriz de dominação reprodutiva que tem como eixo central o que cunhei como racismo reprodutivo. Minha principal aposta é ressaltar a importância de uma práxis feminista negra no contexto cubano, como estratégia política de questionamento ao legado colonial presente no âmbito da saúde reprodutiva.</p> Yarlenis Malfrán Copyright (c) 2024 Yarlenis Malfrán 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 139 163 Respostas do Sistema de Justiça Criminal da Comarca de Várzea Grande (MT) à Violência doméstica e Familiar contra Mulheres https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/17362 <p>Este artigo investiga o <em>modus operandi </em>do SJC em casos de violências contra mulheres, considerando as características da violência e as manifestações processuais de Várzea Grande (MT). Analisou-se as percepções de profissionais do Direito sobre gênero, patriarcado e violência, os entraves e desafios enfrentados na efetivação da Lei 11.340/06 e a percepção de mulheres violentadas sobre a experiência e o atendimento dado pelo SJC. Utilizou-se as técnicas de análise de conteúdo em amostragem de denúncias, arquivamentos e sentenças de violência mulheres de janeiro a dezembro de 2017.</p> Michelle Moraes Santos Luís Antonio Bitante Fernandes Copyright (c) 2024 Luis Antonio Bitante 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 164 188 Subjetividades Indígenas Dissidentes: Contribuições Para uma Reflexão Sobre Diversidades e os Sentidos Interculturais na Universidade https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16525 <p>Pretende-se tecer conexões entre dois campos interessados nas diversidades. Por um lado, os debates sobre interculturalidades – ou melhor, aos desafios presentes nas demandas por descolonização – que atravessam o ensino superior desde a adoção em escala nacional das políticas de ação afirmativa com recorte étnico-racial. Por outro, as experiências de diversidade sexual de jovens indígenas universitários e os efeitos destas presenças para se pensar outra série de relações igualmente interculturais: tradições em conflito, ressonâncias desta realidade nos agenciamentos etnopolíticos e os efeitos geracionais que incidem na geopolítica do conhecimento. Enfatizam-se problemas que emergem no contexto educacional em termos de negações, violências e insurgências contra o fenômeno do racismo voltado aos povos indígenas. Metodologicamente, partiu-se das abordagens interseccionais, que pretendem dar conta de entrecruzamentos em que diferentes marcadores de diferenças sociais se articulam e desafiam nossas interpretações sobre fenômenos dinâmicos que combinam diferentes esferas. Sendo uma pesquisa eminentemente qualitativa, utilizou-se o procedimento de levantamento bibliográfico e o enfoque etnográfico. A discussão aponta para o fato de que vem se consolidando uma subjetividade universitária indígena em que essas diversidades são demarcadas, desencadeando deslocamentos e ativismos epistêmicos em que se negociam múltiplos pertencimentos referentes aos diferentes papéis assumidos. Nota-se o fortalecimento das disputas de espaço de legitimação enquanto sujeitos emergentes de um movimento pela diversidade sexual e de gênero dentro do movimento indígena mais amplo, tensionando concepções e práticas hegemônicas e compartilhando engajamentos e intencionalidades de reconhecimento intercultural que denotam (re)territorializações existenciais integradas aos processos de construção do conhecimento e de sua instrumentalização política.</p> Ricardo Sant' Ana Felix dos Santos Copyright (c) 2024 Ricardo Sant' Ana Felix dos Santos 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 189 212 Por uma pornotopia do Sul: O “Solar da Fossa” e As Experiências Sexo Dissidentes da Contracultura no Brasil dos Anos 1960. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/16457 <p class="ResumoAbstracttexto"><span lang="EN-GB" style="color: black;">Este trabalho busca compreender as relações entre espaço e tempo que permearam o Solar da Fossa, uma pensão localizada no bairro do Botafogo, Rio de Janeiro, onde habitou grande parte da classe artística e da contracultura no Brasil em meados dos anos 60. A partir da ideia de “pornotopia” de Paul Preciado (2010), a pesquisa busca reinterpretar a relação entre espacialidades e sexualidades em contexto brasileiro voltando-se principalmente para a dimensão do tempo como organizadora de uma nova subjetividade. O ensaio propõe entender a ditadura como um marco temporal reorganizador da ideia de futuro e da vida dos jovens permitindo quebras na ordem cronológica normativa que se organizava em torno da vida reprodutiva. Partindo de notícias, entrevistas e narrativas sobre a experiência no Solar, esse trabalho propõe mostrar conexões entre subjetividades, experimentação do tempo no espaço e a espacialização do tempo. Assim, busco demonstrar como as “temporalidades queer” (HALBERSTAM, 2022) foram efeitos do poder, sob o signo do agenciamento da vida sexual em torno de experiências dissidentes.</span></p> Ana Paula Garcia Boscatti Copyright (c) 2024 Ana Paula Garcia Boscatti 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 213 231 Linhas, Cores e Texturas da América Latina e Caribe https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/17866 Katianne de Sousa Almeida Copyright (c) 2024 Katianne de Sousa Almeida 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 4 5 Apresentação do Dossiê https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/17540 Ana Paula Garcia Boscatti Andrea Delfino Joana Maria Pedro Luis Antonio Bitante Fernandes Copyright (c) 2024 Luis Antonio Bitante 2024-06-20 2024-06-20 14 Especial 6 10