O Mapeamento de Estudos Comparativos e o Uso das Geotecnologias: Aplicação Para a Cartografia da Vulnerabilidade em Áreas do Brasil e Portugal
Palavras-chave:
estudo comparativo, Mapeamento da vulnerabilidade, geotecnologiasResumo
A Ciência Geográfica, desde a sua concepção como área do conhecimento, desenvolve estudos sistemáticos comparativos na tentativa de encontrar e estabelecer padrões espaciais de diversos fenômenos naturais e humanos. No caso específico dos estudos em cartografia, há uma série de desafios que precisam ser contornados para estudos dessa natureza, sobretudo que utilizam áreas de estudo localizadas em contextos nacionais diferentes. Com base nessa questão o estudo proposto busca demonstrar como as geotecnologias podem ser utilizadas como apoio para o desenvolvimento de estudos cartográficos comparativos localizados em países diferentes. Para isso, propõe-se a realização do mapeamento da vulnerabilidade socioambiental de duas localidades, o município de Campos do Jordão – SP (Brasil) e o concelho da Guarda (Portugal) utilizando como metodologia de determinação da vulnerabilidade a Análise Fatorial Exploratória (AFE) e para a representação as etapas de elaboração do projeto cartográfico. Os resultados mostram que as etapas de coleta e análise de dados são aquelas onde são encontradas as maiores dificuldades para esse tipo de mapeamento e ainda que as geotecnologias e sobretudo as ferramentas disponibilizadas pelos Sistemas de Informação Geográfico (SIG) e webmapeamento foram essenciais como suporte para que as representações pudessem ser elaboradas de forma satisfatória.
Referências
AVEN, T. The risk concept-historical and recent development trends. Reliability Engineering and System Safety, v. 99, p. 33–44, mar. 2012. Disponível em: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0951832011002584 Acesso em: 13 jul. 2017.
BORTOLETTO, K. C. et al. Indicadores socioeconômicos e ambientais para análise da vulnerabilidade socioambiental do município de Santos - SP. Anais do XXVI Congresso Brasileiro de Cartografia V Congresso Brasileiro de Geoprocessamento XXV Exposicarta 2014, Gramado: UFRGS/FAURGS, 2014.
BRASIL, J. P. de S. O Método Comparativo em Antropologia: Contribuição e Deficiências da Abordagem Transcultural. Revista de Ciências Sociais, v. II, n. 2, p. 137–147, 1971.
CARDONA, O. D. Estimación Holística del Riesgo Sísmico Utilizando Sistemas Dinâmicos Complejos. 2001. Universitat Polìtecnica de Catalunya, Barcelona, Spain, 2001.
CUNHA, L.; LEAL, C. Natureza e sociedade no estudo dos riscos naturais. Exemplos de aplicação ao ordenamento do território no município de Torres Novas (Portugal). As novas geografias dos países de língua portuguesa, paisagens, territórios e políticas no Brasil e em Portugal, Geografia em Movimento, p. 47–63, 2012.
CUTTER, S. L. Vulnerability to environmental hazards. Progress in Human Geography, v. 20, n. 1, p. 529–539, 1996.
CUTTER, S. L.; BORUFF, B. J.; SHIRLEY, W. L. Social vulnerability to environmental hazards. Social Science Quarterly, v. 84, n. 2, p. 242–261, 2003.
FREITAS, M. I. C.; ZUCHERATO, B. A Técnica de Dasimetria aplicada ao Mapeamento da Vulnerabilidade Socioambiental para a Área Insular de Santos SP. In: FREITAS, M. I. C.; LOMBARDO, M. A.; ZACHARIAS, A. A. (Org.). Vulnerabilidades e Riscos Reflexões e Aplicações na Análise do Território. Rio Claro: IGCE/CEAPLA, 2015. p. 133–155.
KITCHIN, R.; GLEESON, J.; DODGE, M. Unfolding mapping practices: A New epistemology for cartography. Transactions of the Institute of British Geographers, v. 38, n. 3, p. 480–496, 2013.
HARVEY, D. O espaço como palavra-chave. Revista Em Pauta, v. 13, n. 35, p. 126–152, 2015.
LA BLACHE, V. Le principe de la géographie générale. In: Annales de Géographie, t. 5, n°20, 1896. pp. 129-142. Disponível em: doi: https://doi.org/10.3406/geo.1896.5903 Acesso em: 31 jul. de 2021
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5a ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MENDES, J. M. et al. A vulnerabilidade social aos perigos naturais e tecnológicos em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 93, n. 93, p. 95–128, 1 jun. 2011.
MACEACHREN, A. M. Visualization in Modern Cartography: Setting the Agenda. Mod. Cartogr. Ser. [S.l.]: Elsevier Science Ltd, 1994. v. 2. p. 1–12. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-08-042415-6.50008-9 Acesso em: 01 ago. 2021
MENDES, J. M. Sociologia do Risco: Uma breve introdução e algumas lições. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015. Disponível em: https://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/pub/src/SRCII/Sociologia_do_risco.pdf Acesso em: 5 jun. 2017.
MOREIRA. O pensamento geográfico brasileiro. São Paulo: Editora Contexto, 2009.
MORO, D. A. A organização do espaço como objeto da geografia. Boletim de Geografia - UEM, v. 10, n. 1, p. 25–44, 2 fev. 1983. Disponível em: http://eduem.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/12178/7357 Acesso em: 26 fev. 2019.
PRADIER, P.-C. Histoire du risque. In: SANTOS DEL CERRO, J.; GARCIA SECADES, M. (Org.). Histoire de la Probabidad y la Estadistica. Madrid: Delta Publicaciones, 1990. p. 171–186. Disponível em: http://www.lattis.univ-toulouse.fr/~motet/risque/documents-2012-2013/6-1-Histroire du risque.pdf Acesso em: 5 jun. 2017.
REBELO, F. Riscos naturais e acção antrópica. Estudos e reflexões. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2003. Disponível em: https://digitalis.uc.pt/en/livro/riscos_naturais_e_acção_antrópica_estudos_e_reflexões Acesso em: 14 jul. 2017.
ROSA, R. Geotecnologias na Geografia aplicada. Revista do Departamento de Geografia, v. 16, p. 81–90, 2005. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47288 Acesso em: 01 ago. 2021
SCHMIDTLEIN, M. C. et al. A sensitivity analysis of the social vulnerability index. Risk Analysis, v. 28, n. 4, p. 1099–1114, ago. 2008. Disponível em: http://doi.wiley.com/10.1111/j.1539-6924.2008.01072.x Acesso em: 17 maio 2017.
SLOCUM, T. et al. Thematic Cartography and Geovisualization. 3a ed. Upper Saddle River, New Jersey: Pearson, 2014.
TOBLER, W. R. A Computer Movie Simulating Urban Growth in the Detroit Region. Economic Geography, v. 46, p. 234–240, 1970. Disponível em: https://web.archive.org/web/20190308014451/http://pdfs.semanticscholar.org/eaa5/eefedd4fa34b7de7448c0c8e0822e9fdf956.pdf Acesso em: 01 ago. 2021.
WISNER, B. et al. At risk: natural hazards, people’s vulnerability and disasters. 2nd. ed. New York: Routledge, 2004.
ZUCHERATO, B. Cartografia da vulnerabilidade socioambiental no Brasil e Portugal: estudo comparativo entre Campos do Jordão e Guarda. 2018. 371 f. Universidade de Coimbra, 2018. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/80604.
ZUCHERATO, B.; GUERRA, F. C. O Mapeamento da Vulnerabilidade Social no Município de Espírito Santo do Pinhal - SP Com a Utilização da Técnica de Análise Fatorial Exploratória. 2010, Anais do XIII ENANPEGE - Encontro Nacional de Pós-graduação em Geografia. FFLCH-USP: São Paulo, 2019. p. 1–14.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Geoaraguaia poderá solicitar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua. Se necessário, alguns ajustes normativos podem ser feitos pela revista, porém respeitando o estilo dos autores.
As provas finais não serão enviadas aos autores.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.