“E mesmo ameaçado eu serei cada vez mais viado”: Considerações sobre o pop como espaço de existência/resistência para a criança viada
DOI:
10.31560/2595-3206.2020.9.10213Resumo
No presente texto, um ensaio, de caráter afetivo, recupero lembranças de minha infância ligadas ao universo da cultura pop, aciono referências bibliográficas ligadas aos estudos de gênero e de sexualidade que me são caras e, ainda, pesquisas que venho realizando para buscar pistas sobre como existi/resisti como criança viada e como tantos outros também o fizeram e o continuarão a fazer. Mobilizado pela proposta do dossiê e, ainda, pela pergunta de Paul B. Preciado sobre quem defende a criança queer, sugiro, a partir de minhas experiências como criança viada e como pesquisador viado, como a cultura pop pode operar tanto como um lugar de fuga e de refúgio quanto, pela via da representação, como um lugar de empoderamento para sujeitos que não são enquadrados pela heteronormatividade.
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