As casas de farinha no distrito de Boa Vista da Tapera /Encruzilhada/Bahia como estratégia de reprodução camponesa
Palabras clave:
agricultura camponesa, agronegócio cafeeiro, casas de farinha, (Re)Existência, saberes e fazeresResumen
O município de Encruzilhada/Bahia caracteriza-se como um polo produtor do monocultivo cafeeiro, impulsionado pela produção de commodities em virtude do avanço do agronegócio e, a partir da década de 1990, evidenciam-se profundas transformações no espaço agrário. Por outro lado, a produção artesanal da farinha de mandioca e seus derivados, em especial, no Distrito de Boa Vista da Tapera em Encruzilhada/Bahia, se configura como uma das principais atividades econômicas desses sujeitos sociais, para (Re)Existirem na luta pela/na terra e assegurar a sua manutenção. O artigo tem como objetivo analisar as (Re)Existências e os processos das territorialidades dos sujeitos sociais que vivenciam, cotidianamente, as casas de farinha e o processo de beneficiamento da raiz da mandioca, que derivam as suas iguarias, como estratégia de (Re)Existência. O estudo se ampara em uma abordagem qualitativa e se fundamenta em levantamentos teóricos acerca da temática, além de pesquisas documentais e de campo com realização de entrevistas semiestruturadas e registros iconográficos. A sistematização das informações apresentadas foi realizada em articulação com as discussões teóricas, para, assim, ter condições de tecer reflexões sobre a realidade em estudo. Os resultados apresentados asseguram que a produção da farinha de mandioca e os seus derivados representam, mais que uma estratégia econômica, pois se constituem como uma atividade artesanal relevante nessa localidade e se configura como um elemento emblemático no processo de construção identitária e de sociabilidade desses sujeitos com as casas de farinha possibilitando, também, as (Re)Existências e a reprodução social desses grupos familiares que vivenciam esses espaços cotidianamente.
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