AVALIAÇÃO ECONÔMICA E AMBIENTAL DE TECNOLOGIAS DE AQUECIMENTO RESIDENCIAL DE ÁGUA

Autores

  • Danilo Ferreira de Souza danilo.ferreira.souza@hotmail.com
  • Vinícius Gouveia Scartezini de Rezende scartezini.vinicius@gmail.com
  • Pedro Paulo Fernandes da Silva ppfsilva@usp.br

Palavras-chave:

Eficiência Energética, Chuveiro Elétrico, Aquecedor de Água, Impactos Ambientais.

Resumo

Objetivou-se comparar dois sistemas para aquecimento residencial de água para banho: chuveiro elétrico e aquecedor de passagem a gás natural. A análise é elaborada considerando o tempo de banho de uma família típica. As variáveis de comparação incluem o custo final para o usuário e o impacto ambiental medido pela emissão equivalente de CO2. Foi simulado o uso de dois sistemas por uma família típica como unidade consumidora, considerando as tarifas de energia aplicadas na cidade de São Paulo, Brasil. Utilizando um chuveiro elétrico baseado em uma fonte termoelétrica primária, o rendimento acumulado da eficiência foi de 39%, de acordo com a literatura pesquisada; quando a fonte primária utilizada foi à hidroeletricidade, essa eficiência rendeu 64%. Ao usar diretamente o aquecedor de água a gás natural, a eficiência acumulada atingiu 81%. Em uso anual para chuveiro elétrico, o custo final ao consumidor foi de R$ 2.184,00, em contrapartida, pelo sistema de Gás Natural, o valor anual acumulado foi de R$ 1.343,04. Na consideração das emissões de CO2, o chuveiro elétrico resultou em emissão de 24,51 kg de CO2 equivalente; enquanto o gás natural representou 45,64 kg de CO2 equivalente, quase o dobro. Portanto, embora o gás seja mais econômico, é o insumo energético que mais contribui para a emissão de gases de efeito em comparação com a eletricidade da matriz elétrica brasileira.

Referências

AES ELETROPAULO. Custo da energia elétrica. São Paulo: [s.n.]. Disponível em: <https://www.aeseletropaulo.com.br/poder-publico/prazos-e-tarifas/paginas/tarifa-de-energia-eletrica.aspx>. Acesso em: 26 Agosto 2017.

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Fatores de conversão, densidades e poderes caloríficos inferiores. Brasília: ANP, 2017.

ALMEIDA, M. D. A. et al. Aplicabilidade da classificação dos resultados de enfermagem em pacientes com déficit no autocuidado: banho/higiene. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 31, n. 1, 2010.

BRANDER, M. et al. Electricity-specific emission factors for grid electricity. Econometrica, ago. 2011.

BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Fator médio – Inventários corporativos. Brasília: [s.n.].

BRASIL. Ministérios de Indústria, Comércio, Minas e Energia. Portaria Interministerial nº 1.877, de 30 de Dezembro de 1985. Brasília: [s.n.], 1985.

COMGÁS. Tarifas do Gás Natural Canalizado. Disponível em: <https://www.comgas.com.br/tarifas/>. Acesso em: 23 out. 2017.

CORREIA, P. J.; CULCHESK, A. S.; REGO, E. E. Is The Energy Tariff Expensive For Captive. IEEE Latin America Transactions, v. 14, n. 11, p. 4506-4511, nov. 2016.

D’ ARAÚJO, R. P. Setor elétrico brasileiro: Uma aventura mercantil. Brasília: Pensar o Brasil – Construir o Futuro da Nação, 2009.

ELETROBRAS. Procel Edifica. Brasília: [s.n.], 2003.

ELETROBRAS. Pesquisa de posse de equipamentos e hábitos de uso, ano base 2005: classe Residencial Relatório Brasil – Sumário Executivo. Rio de Janeiro: ELETROBRAS; PROCEL, 2009. 187 p.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Avaliação da Eficiência Energética para os próximos 10 anos (2012-2021): nota técnica DEA 16/12. Rio de Janeiro: EPE, 2012.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Balanço Energético Nacional. Rio de Janeiro: EPE, 2016. 296 p.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Balanço Energético Nacional: Ano Base 2016. Rio de Janeiro: EPE, 2017. 296 p.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Balanço Energético Nacional 2017: Ano base 2016. Rio de Janeiro: EPE, 2017.

GHISI, E.; GOSCH, S.; LAMBERTS, R. Electricity end-uses in the residential sector of Brazil. Energy Policy, v. 35, n. 8, p. 4107-4120, 2007.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL. Tabela de consumo de energia elétrica – chuveiros elétricos. Ed. 03/2016. São Paulo: Inmetro, 2016.

INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories – Volume 2: Energy. [S.l.]: IPCC, 2006.

INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. Working Group III Contribution to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. New York: IPCC, 2014.

INTERNACIONAL ENERGY AGENCY. Key world energy statistics. Internacional Energy Agency. Paris, p. 78, 2016.

LAFAY, J. M. S. Análise energética de sistemas de aquecimento de água com energia solar e gás. 2005. 173 f. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

SINDIGÁS. Gás LP no Brasil. Banho a Gás: mais conforto e menor custo. Vol. 7. São Paulo: [s.n.], 2012.

SOLOMON, S. et al. Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. IPCC Fourth Assessment Report. New York, 2007.

Downloads

Publicado

2019-05-03

Como Citar

Souza, D. F. de, Rezende, V. G. S. de, & Silva, P. P. F. da. (2019). AVALIAÇÃO ECONÔMICA E AMBIENTAL DE TECNOLOGIAS DE AQUECIMENTO RESIDENCIAL DE ÁGUA. Revista Geoaraguaia, 9(1). Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/8323

Edição

Seção

Artigos