ANÁLISE TEMPORAL DO DESMATAMENTO EM BACIA HIDROGRÁFICA NA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO DE CARAJÁS
Palavras-chave:
Uso e ocupação do solo, supressão vegetal, geoprocessamento.Resumo
O desmatamento ocasionado pela alteração do uso e ocupação do solo em bacias hidrográficas, associado principalmente a atividades economicamente relevantes, resulta em impactos ambientais, sociais e econômicos. Essa problemática é evidente nos municípios do Pará, em que é marcante a presença da mineração, indústria e agropecuária, como na Região de Integração de Carajás, no sudeste do Pará, por isso justifica-se o estudo na área, cujo o objetivo foi realizar uma análise do desmatamento na bacia hidrográfica do Rio Sororó, com associação das atividades desenvolvidas nas áreas, nos anos de 1989, 1999, 2009 e 2016. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas, bem como técnicas de geoprocessamento por meio de ferramentas SIG. Os dados obtidos indicaram que a bacia do Rio Sororó é um reflexo do potencial da pecuária extensiva, a qual relaciona-se com os índices alarmantes de desmatamento apresentados nas últimas décadas na região. Portanto, são essenciais os trabalhos de monitoramento e detalhamento das áreas desmatadas e das causas que levam a supressão vegetal.
Referências
ABI-EÇAB, P. C. Principais ameaças ao meio ambiente em terras indígenas. Planeta Amazônia: Revista Internacional de Direito Ambiental e Políticas Públicas, Macapá, n. 3, p. 1-17, 2011.
ALARCON, G. G.; FANTINI, A. C.; SALVADOR, C. H. Benefícios locais da Mata Atlântica: evidências de comunidades rurais do Sul do Brasil. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 87-110, jul./set. 2016.
ALENCAR, A. et al. Desmatamento na Amazônia: indo além da “emergência crônica”. Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, 2004. 89 p. Disponível em: . Acesso em: 22 out. 2018.
ANDRADE, G. P. A Amazônia e o Projeto Grande Carajás: entre as tentativas de desenvolvimento da região e os problemas causados às populações indígenas. Mundo Amazónico, v. 6, n. 2, p. 5-19, jul./dez. 2015.
BARRETO, P.; PEREIRA, R.; ARIMA, E. A pecuária e o desmatamento na Amazônia na era das mudanças climáticas. Belém: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON, 2008.
BUSCHBACHER, R. et al. Avaliação da resiliência como ferramenta para entender a fronteira amazônica como um sistema socioecológico. Sustentabilidade em Debate, Brasília, v. 7, n. 2, p. 36-52, mai./ago. 2016.
CALANDINO, D.; WEHRMANN, M.; KOBLITZ, R. Contribuição dos assentamentos rurais no desmatamento da Amazônia: um olhar sobre o Estado do Pará. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 26, p. 161-170, jul./dez. 2012.
CARVALHO, T. S.; DOMINGUES, E. P. Projeção de um cenário econômico e de desmatamento para a Amazônia Legal brasileira entre 2006 e 2030. Nova Economia, v. 26, n. 2, p.585-621, 2016.
CARVALHO, T. S.; MAGALHAES, A. S.; DOMINGUES, E. P. Desmatamento e a contribuição econômica da floresta na Amazônia. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 499-531, abr./jun. 2016.
CASTRO, A. R. C.; WATRIN, O. S. Análise espacial de áreas com restrição legal de uso do solo em projeto de assentamento no sudeste paraense. Geografia Ensino e Pesquisa, v. 17, n. 2, p. 157-166, mai./ago. 2013.
CONGILIO, C. R.; MORAES, C. S. Violência agrária e desmatamento: corolários das políticas de Estado e das lutas sociais no sudeste paraense. Lutas Sociais, São Paulo, v. 20, n. 37, p. 155-167, jul./dez. 2016.
CONGILIO, C. R.; MOREIRA, E. S. S. A resistência aos grandes projetos de mineração do ferro no sudeste paraense. Revista de Políticas Públicas, São Luís, v. 20, Número Especial, p. 105-115, nov. 2016.
COSTA, E. J. M.; CARVALHO, D. F.; CARVALHO, A. C. A formação de cadeias produtivas integradas: do potencial APL do ferro-gusa ao APL metal-mecânico de Marabá. In: FERNANDES, F. R. C.; ENRÍQUEZ, M. A. R. S.; ALAMINO, R. C. J. (Ed.). Recursos Minerais & Sustentabilidade Territorial: arranjos produtivos locais. v. 2. Rio de Janeiro: Centro de Tecnologia Mineral – CETEM/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, 2011. p. 15-44.
COSTA, M. D. N. J.; MIRANDA, L. C. Desmatamento, bem-estar comunitário e desenvolvimento sustentável: uma análise integrada em São Tomé e Príncipe – África. InterEspaço, Grajaú, v. 3, n. 9, p. 109-125, mai./ago. 2017.
DELAZERI, L. M. Determinantes do desmatamento nos municípios do Arco Verde – Amazônia Legal: uma abordagem econométrica. Economia-Ensaios, Uberlândia, v. 30, n. 2, p. 11-34, jan./jun. 2016.
ELESBON, A. A. A. et al. Uso de dados SRTM e plataforma SIG na caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Braço Norte do Rio São Mateus - Brasil. Revista Escola de Minas, Ouro Preto, v. 64, n. 3, p. 281-288, jul./set. 2011.
ESRI, Environmental Systems Research Institute. Inc. ArcGIS Professional GIS for the desktop. Versão 10.1. Software, 2012.
EXELISVIS, Exelis Visual Information Solutions. Inc. Envi. Versão 5.0. Software, 2012.
FAPESPA. Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará. Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental da Região de Integração do Carajás. Belém, 2015. Disponível em: <http://www.fapespa.pa.gov.br/upload/Arquivo/anexo/432.pdf?id=1544133426>. Acesso em: 06 dez. 2018.
FARIA, E. A. S. et al. O desmatamento e a Lei Ambiental. Revista Jurídica – UniEVANGÉLICA, Anápolis, v. 15, n. 2, p. 100-116, jul./dez. 2016.
HOMMA, A. K. O. et al. Os projetos de assentamentos no Sudeste Paraense como ciclo de ocupação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 40., 2002, Passo Fundo. Anais... Passo Fundo: SOBER, 2002. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/handle/doc/406276>. Acesso em: 24 out. 2018.
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Plano de manejo para uso múltiplo da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri. 2006. 453 p. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/flona_tapirape-aquiri.pdf >. Acesso em: 19 out. 2018.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Pecuária Municipal. 1996. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/tabelas>. Acesso em: 25 out. 2018.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Pecuária Municipal. 2000a. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/tabelas>. Acesso em: 25 out. 2018.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Pecuária Municipal. 2000b. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/tabelas>. Acesso em: 25 out. 2018.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Pecuária Municipal. 2010. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/tabelas>. Acesso em: 25 out. 2018.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Pecuária Municipal. 2017. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/tabelas>. Acesso em: 25 out. 2018.
IDESP. Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. Indicadores de Qualidade Ambiental dos municípios da Região de Integração de Carajás. Belém, 2013.
INCRA. Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária. Incra nos Estados – Informações gerais sobre os assentamentos da Reforma Agrária. 2017. Disponível em: <http://painel.incra.gov.br/sistemas/Painel/ImprimirPainelAssentamentos.php?cod_sr=27&Parameters[Planilha]=Nao&Parameters[Box]=GERAL&Parameters[Linha]=1>. Acesso em: 06 dez. 2018.
LAMEIRA, J. L. C.; PENA, H. W. A. Análise da relação entre desflorestamento e a agropecuária no município de São Félix do Xingu e sua contribuição para as conversões florestais na Amazônia. Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, out./dez. 2017. Disponível em: <http://www.eumed.net/rev/cccss/2017/04/relacao-desflorestamento-agropecuaria.html>. Acesso em: 24 out. 2018.
MMA – Ministério do Meio Ambiente. Mais sete municípios na lista dos maiores desmatadores. 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/informma/item/5344-mais-sete-municipios-na-lista-dos-maiores-desmatadores>. Acesso em: 24 out. 2018
MONTEIRO, M. Construindo imagens e territórios: pensando a visualidade e a materialidade do sensoriamento remoto. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 22, n. 2, p. 577-591, abr./jun. 2015.
MORAES, J. T.; ARAUJO, S. D. O direito à terra indígena analisado no caso Guyrároka em Mato Grosso do Sul face a Constituição de 1988 e a Convenção Americana de Direitos Humanos. Ius Gentium, Curitiba, v. 9, n. 2, p. 137-155, mai./ago. 2018.
MUNDEN, L. et al. Instrumentos econômicos para redução do desmatamento na Amazônia. Rio de Janeiro: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO, 2013.
NASCIMENTO, T. V.; FERNANDES, L. L. Mapeamento de uso e ocupação do solo em uma pequena bacia hidrográfica da Amazônia. Ciência e Natura, Santa Maria, v. 39, n. 1, p. 169-177, jan./abr. 2017.
NUNES, J. F.; ROIG, H. L. Análise e mapeamento do uso e ocupação do solo da Bacia do Alto do Descoberto, DF/GO, por meio de classificação automática baseada em regras e lógica nebulosa. Revista Árvore, Viçosa, v. 39, n. 1, p. 25-36, 2015.
OLIVEIRA NETO, T.; NOGUEIRA, R. J. B. Geopolítica e rodovias na Amazônia: um debate necessário. Revista de Geopolítica, Natal, v. 6, n. 2, p. 166-186, jul./dez. 2015.
OLIVEIRA NETO, T. Rodovia Transamazônica: o projeto de integração deu certo?. Revista Gestão e Políticas Públicas, v. 5, n. 2, p. 284-308, 2015.
PENA, H. W. A. et al. Elementos metodológicos para análise dinâmica da estrutura produtiva nas regiões de integração do Tocantins e Carajás, Pará – Amazônia - Brasil. Observatorio de la Economía Latinoamericana, n. 161, jan. 2012. p. 15.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
RIBEIRO, U. F.; LEOPOLDO, P. R. Colonização ao longo da Transamazônica: Trecho Km 930 - 1035. Revista Científica Eletrônica de Agronomia, v. 2, n. 3, jun. 2003.
SANTOS, J. L. R. Povos indígenas, direito e estado: rompendo cânones do integracionismo jurídico. Revista Novos Estudos Jurídicos - Eletrônica, v. 20, n. 1, jan./abr. 2015.
SENA, A. L. S. et al. Demandas tecnológicas para o sistema produtivo da pecuária de leite nas microrregiões de Marabá e de Redenção, Estado do Pará. Belém: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Amazônia Oriental, 2014.
SILVA, G. J. F.; ALMEIDA, N. V. Degradação ambiental no município de Parari-PB: uma análise por meio de sensoriamento remoto. Revista Geografar, Curitiba, v. 10, n. 2, p. 140-164, dez. 2015.
SILVA, G. S.; NEGRÃO, K. R.; GOMES, S. C. Vantagens competitivas das empresas do APL de Cerâmica Vermelha da Região de Integração Carajás no Estado do Pará: evidências a luz da Visão Baseada em Recursos. IX Colóquio Organizações, Desenvolvimento e Sustentabilidade - CODS e II Congresso Brasileiro de Gestão, v. 6, n. 1, p. 151-170, 2015.
SILVA, J. R.; MOURA, A. C. M. Delimitação automática de sub-bacias hidrográficas no município de Ouro Preto-MG. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO – SBSR, 16., 2013, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, 2013. p. 4496-4502.
SILVA, L. C. et al. Estimativa do balanço de radiação por sensoriamento remoto de diferentes usos de solo no sudoeste da Amazônia brasileira. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 27, n. 2, p. 341-356, mai./ago. 2015.
SOUZA, A. C. M.; SILVA, M. R. F.; DIAS, N. S. Gestão de recursos hídricos: o caso da bacia hidrográfica Apodi/Mossoró (RN). Irriga, v. 1, n. 1, edição especial, p. 280-296, 2012.
USGS – United States Geological Survey. Modelo Digital de Elevação. United States: Earth Explorer, 2014. Disponível em: <https://earthexplorer.usgs.gov/>. Acesso em: 09 jan. 2016.
VEZZANI, F. M. Solos e os serviços ecossistêmicos. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 8, número especial-IV SMUD, p. 673-684, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Geoaraguaia poderá solicitar alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua. Se necessário, alguns ajustes normativos podem ser feitos pela revista, porém respeitando o estilo dos autores.
As provas finais não serão enviadas aos autores.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.