Mobilização popular como combate à invisibilidade e segregação socio-espacial: o caso dos conjuntos habitacionais Santa Felicidade e João de Barro I em Maringá/PR
Palavras-chave:
invisibilidade urbana, Plano de Bairro, MaringáResumo
Este artigo propõe analisar a relevância da participação popular enquanto estratégia de luta de comunidades periféricas, utilizando como estudo o caso do Conjunto Habitacional Santa Felicidade e do Conjunto Habitacional João de Barro I, em Maringá/PR. Para tal, analisa-se a trajetória da participação popular desde a implantação dos bairros, passando pelo PAC (2007) até a atualidade, demonstrando a luta pela visibilidade e combate à segregação-socioespacial. Conhecida por ser uma cidade planejada, Maringá é constantemente propagandeada como a melhor cidade para se viver. Porém, este slogan não se aplica ao município por inteiro que, já em sua gênese, fora marcado pela influência do capital privado e por políticas higienistas que visavam dizimar as ocupações e cortiços existentes. Um exemplo destas operações ocorreu nos conjuntos habitacionais Santa Felicidade e João de Barro I, implantados na região sul da cidade em 1975 e 1990, e que já na década de 2000 passaram por um projeto de revitalização com consequente realocação de parte destas famílias. Recentemente a elaboração de um Plano de Bairro, coordenado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá, em conjunto com a comunidade destes dois bairros, constatou o estado de sucateamento dos equipamentos públicos acompanhado da desagregação da comunidade dos dois bairros, ao mesmo tempo em que iniciou um movimento pela visibilidade através da participação popular. Como resultados preliminares tem-se a reativação de parte da comunidade e de um início de reação da gestão local, quanto à reforma de alguns equipamentos públicos
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