Subjetividades Indígenas Dissidentes: Contribuições Para uma Reflexão Sobre Diversidades e os Sentidos Interculturais na Universidade
contributions to a reflection on diversities and intercultural meanings at the brazilian university
Palavras-chave:
Descolonização, Politica estudantil, Jovens indigínas, LGBTQIA, UniversidadeResumo
Pretende-se tecer conexões entre dois campos interessados nas diversidades. Por um lado, os debates sobre interculturalidades – ou melhor, aos desafios presentes nas demandas por descolonização – que atravessam o ensino superior desde a adoção em escala nacional das políticas de ação afirmativa com recorte étnico-racial. Por outro, as experiências de diversidade sexual de jovens indígenas universitários e os efeitos destas presenças para se pensar outra série de relações igualmente interculturais: tradições em conflito, ressonâncias desta realidade nos agenciamentos etnopolíticos e os efeitos geracionais que incidem na geopolítica do conhecimento. Enfatizam-se problemas que emergem no contexto educacional em termos de negações, violências e insurgências contra o fenômeno do racismo voltado aos povos indígenas. Metodologicamente, partiu-se das abordagens interseccionais, que pretendem dar conta de entrecruzamentos em que diferentes marcadores de diferenças sociais se articulam e desafiam nossas interpretações sobre fenômenos dinâmicos que combinam diferentes esferas. Sendo uma pesquisa eminentemente qualitativa, utilizou-se o procedimento de levantamento bibliográfico e o enfoque etnográfico. A discussão aponta para o fato de que vem se consolidando uma subjetividade universitária indígena em que essas diversidades são demarcadas, desencadeando deslocamentos e ativismos epistêmicos em que se negociam múltiplos pertencimentos referentes aos diferentes papéis assumidos. Nota-se o fortalecimento das disputas de espaço de legitimação enquanto sujeitos emergentes de um movimento pela diversidade sexual e de gênero dentro do movimento indígena mais amplo, tensionando concepções e práticas hegemônicas e compartilhando engajamentos e intencionalidades de reconhecimento intercultural que denotam (re)territorializações existenciais integradas aos processos de construção do conhecimento e de sua instrumentalização política.
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