“O armário tem poeira e eu tenho rinite”: a opressão dos espaços heteronormativos sobre a identidade homossexual

Resumo

O presente trabalho justifica-se devido à necessidade de construções e reflexões geográficas sobre as questões de gênero e sexualidade, visto que grupos como os homens gays vão participar e influenciar na construção e transformação do espaço geográfico, assim como outros grupos. Objetiva-se refletir acerca dos espaços heteronormativos na viabilização e manutenção das normas e padrões sociais, sobre a identidade homossexual gay.  Para atingir tal objetivo, o trabalho qualifica-se enquanto uma revisão bibliográfica que persegue corroborar com as discussões de gênero e sexualidade dentro do campo geográfico. Existe uma variedade de identidades que muitas vezes podem ser consideradas errôneas, que infringem o padrão estabelecido socialmente. Sendo assim, essas identidades podem ser consideradas minorias e sofrem discriminação e opressão, de um determinado grupo que se considera "normal" e detentor do poder. O Brasil vem enfrentando, desde o golpe de 2016, contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, a crescente onda do neoconservadorismo bolsonarista, que influencia no meio político, na jovem democracia brasileira e na formação da sociedade e da cultura do País. Essa onda conservadora implica na forma que sujeitos como os homossexuais gays vão agir sobre o espaço, visto que esses, muitas vezes, ficam suscetível a ataques LGBTfóbicos, que podem chegar a atentados violentos.