Breve Análise Da Territorialização Do Agronegócio No Brasil E A Situação Da Agricultura Familiar E Camponesa

Resumo

A estrutura agrária do campo brasileiro reflete a situação econômica e social, na produção e deliberação de políticas públicas para esses espaços. O presente artigo tem como justificativa o estudo sobre o avanço do capital no campo, representado pelo Agronegócio no país e desafios para a permanência de pequenos agricultores em suas terras. Recai sobre o debate da resistência da agricultura familiar e camponesa em se estabelecer nas suas propriedades, mesmo com a carência de políticas agrárias. A metodologia utilizada partiu de uma revisão bibliográfica sobre os principais conceitos envolvidos na temática como, agronegócio, campesinato, agricultura familiar, território e espaço, além disso, foram elaborados gráficos, tabelas e mapas para contribuir na leitura e evidenciar os fenômenos. Os dados foram retirados de fontes de órgãos governamentais e instituições representativas. O objetivo deste trabalho tem por base investigar os processos de territorialização do agronegócio no país, a feitura do desenvolvimento econômico neoliberal agroexportador e latifundiário que impacta diretamente na realidade da agricultura familiar frente. Os resultados esperados buscaram uma análise tendo como realidade a dinâmica do latifúndio sobre as terras e da consolidação do Agronegócio no Brasil, que produz desigualdades do acesso à terra e de como as políticas da Reforma Agrária são colocadas em prática. Portanto, conclui-se que o agronegócio, enquanto modelo dominante no campo, é estruturado por latifúndios que concentram renda e terra, o que dificulta a produção e reprodução social da agricultura familiar e camponesa, que resistem em seus territórios.