Análise de fragmentos por métricas da paisagem na Microrregião de Santarém no Oeste do Pará
Palavras-chave:
Ocupação do solo, Fragmentação Florestal, Métricas da paisagem, Sensoriamento RemotoResumo
A fragmentação florestal acarreta substanciais mudanças microclimáticas em áreas que apresentam pequenos fragmentos e solos expostos, alterando o nível de reflectância e a temperatura da região. Diante desse cenário, Mojuí dos Campos tem sido alvo de grandes transformações de paisagens perdas drásticas de vegetações nativas para as atividades agropecuárias e agrícolas, bem como a expansão urbana, que torna o ambiente cada vez mais artificial. Nesse sentido, objetiva-se com este artigo avaliar o desmatamento ocorrido na microrregião de Santarém, por meio de métricas de paisagem e por técnicas de sensoriamento remoto entre os anos de 1985, 2000, 2010 e 2020. Para isso, utilizou-se dados do Projeto MapBiomas da coleção 7, organizada hierarquicamente por combinação LULC. No entanto, observou-se alterações na média da área dos fragmentos de 0,0081 km² para 0,5300 km², entre o período de 1985 a 2000 e, em 2010 a média era de 2,1100 km² e reduziu-se para 1,6277 km² em 2020. Diante disso, a perda de formação florestal foi de 7,9% entre os anos de 1985 a 2000 e de, 39, 84% entre os anos de 2010 a 2020. A região é caracterizada em 2020 pelo elevado número de fragmentos (n=2.235) demostrando o forte impacto de ações antrópicas na região. As métricas utilizadas nesse estudo foram eficientes em analisar os padrões espaciais de fragmentações florestais cujo trabalho tem como base a criação e implantação de estratégias de conservação e reestruturação da paisagem.
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