Educação ambiental no ensino médio: a aula de campo como meio para conhecer e preservar os recursos hidrológicos.

The field class as a means to learn about and preserve hydrological resources.

Autores

Palavras-chave:

Recurso hidrológico, Aula de campo, Paisagem litorânea

Resumo

O presente artigo é resultado de uma pesquisa desenvolvida com os professores de Geografia do ensino médio da cidade de Camocim localizada na costa do extremo oeste do estado do Ceará. Esta cidade está localizada na foz do rio Coreaú e dispõe de vários ambientes lacustres, por isso, sendo um espaço de grande expressividade natural, inclusive de recursos hídricos, e ela foi escolhida como objeto para este estudo. Elencar os recursos hidrológicos da cidade de Camocim-CE e entender que forma a aula de campo pode ser utilizada como meio para conhecer e preservar a natureza local, foi o objetivo central desta pesquisa. A pesquisa é de cunha qualitativo e a obtenção dos dados, foram adquiridas em duas etapas. A primeira, com o reconhecimento da área de estudo para o levantamento de informações sobre seus elementos naturais principalmente dos seus recursos hidrológicos localizados no espaço urbano. E a segunda, com entrevista feita com todos os professores de Geografia das escolas de ensino médio regular da rede pública da cidade de Camocim-CE. O estudo nos mostrou que a cidade de Camocim-CE tem uma grande disponibilidade de recursos hídricos no espaço urbano e que devido o uso intenso, é urgente a implementação de práticas ambientais de preservação dessas águas. Por outro lado, o estudo nos mostra que a aula de campo tem sido uma ferramenta educacional utilizada pelos professores de Geografia com o intuito de formar cidadãos conscientes conhecedores do potencial e vulnerabilidade da natureza local.

Biografia do Autor

Rejane Maria Lima de Sousa, Universidade Estadual Vale do Acaraú/UVA

Mestranda em Geografia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú/UVA

Professora pernanente da rede estadual de ensino do estado do Ceará

Referências

AB'SÁBER, A. Litoral do Brasil/Brazilian coast. São Paulo, Metalivros, 2005, 281 p., Tradução Charles Holmquist. Sociedade e Território, Natal, v. 23, nº 2, p. 159 - 177, jul./dez. 2011.

ANDRÉ, Marli. O que é um estudo de caso qualitativo em educação? Revista da FAEEBA –

Educação e Contemporaneidade, v. 22, n 40, p. 95-103, 2013.

BERTRAND, G. Paisagem e geografia física global. Caderno de Ciências da Terra, São Paulo, SP, Brasil, v. 13, p.1-27, 1972.

BORGES, Joyce de Almeida. Os enfoques e os olhares do geógrafo: Uma abordagem metodológica sobre método, metodologia e técnicas de pesquisa. Revista Eletrônica de Geografia, v.7, n.19, p. 02-21, jun. 2016.2. Disponível em: http://www.observatorium.ig.ufu.br/pdfs/7edicao/n19/Art.1.pdf. Acesso em: 28 mar. 2022.

BRASIL. Lei do Código Florestal. Nº 12.651/2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 01 fevereiro. 2022

BRASIL, Ministério de Minas e Energia. Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Serviço Geológico do Brasil (cprm.gov.br). Repositório Institucional de Geociências: Mapa Geodiversidade do Estado do Ceará (cprm.gov.br). Acesso em: 10 mai. 2022

BUENO, Míriam Aparecida; LA VEGA, Alfonso Garcia de (Org.). Paisagem e ensino de Geografia. Goiânia: C&A Alfa Comunicação, 2019.

CARVALHO, E.; ZAGAGLIA, E. Avaliação de áreas de mangues e apicuns, nos anos de 1998 e 2004, localizadas na ilha Santa Catarina. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 9., 2007, Florianópolis. Anais .Florianópolis: 2007.

CAVALCANTE, Daniel dos Reis; BASTOS, Frederico de Holanda. Caracterização Geomorfológica da Bacia do rio Coreaú, Noroeste do Ceará. Revista da Casa da Geografia de Sobral, v.21, n.2, p. 192-204, set. 2019 em https://rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/466. Acesso em: 10 jun. 2022.

CAVALCANTI, Lana de Sousa. Pensar pela Geografia: ensino e relevância social. Goiânia – GO. C&A Alfa Comunicação. 2019.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos.

Campinas, SP: Papirus, 1998.

CEARÁ, Assembléia Legislativa. Caderno Regional da bacia do Coreaú / Conselho de Altos Estudos Estratégicos. Eudoro Walter Santana (Coordenador). Fortaleza: INESP, 2009

CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 1999.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo. Edgard Blucher, 1980.

CONSÓRCIO PÚBLICO DE MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA REGIÃO

LITORAL NORTE – CPMRS-RLN. Disponível em: https://cpmrsrln.ce.gov.br/entes/12. Acesso em: 04 mar. 2022.

COPPATI, Karina. Geografia(s), Professor(s) e a construção do Pensamento Pedagógico-Geográfico. Curitiba: CRV, 2020.

COSTA, Andre Felipe Sosnierz; TEIXEIRA, Caio Mendes; SILVA, Crislaine Santos, et al. Recursos Hídricos.

Cadernos de Graduação - Ciências Exatas e Tecnológicas. Sergipe , v. 1 | n.15, p. 67-73 , out. 2012

DE LA FUENTE, Adriano Rodrigues de Souza. O trabalho de campo em Geografia: múltiplas dimensões espaciais e a escolarização de pessoas surdas. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Geografia) – Universidade Estadual de Uberlândia, Uberlândia – MG, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/16143/1/d.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. www.embrapa.br/tema-manejo-de-recursos-hidricos/perguntas-e-respostas. Acesso em: 12 set. 2022.

FALCÃO SOBRINHO, José; VITAL, Saulo Roberto de Oliveira. Olhares sobre o ensino das temáticas físcio-naturais. Rede de Pesquisa e Extensão do Semiárido. Observatório do Semiarido. 2022. 117p.

FALCÃO SOBRINHO, José. A natureza do Vale do Acaraú: um olhar nas sinuosidades do relevo. Sobral – CE: Sertão Cult, 2020.

FALCÃO SOBRINHO, José. Relevo e Paisagem: proposta metodológica. Sobral: Sobral Gráfica, 2007.

FARIAS, Wilson. Aprendizagem e planejamento de ensino. São Paulo: Ática, 1989.

GUERRA, Antônio José Teixeira; MARÇAL, Mônica dos Santos. Geomorfologia Ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ. – IPECE.

https://www.ipece.ce.gov.br/ Acesso em: 25 out. 2021.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDO E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO

TEIXEIRA – INEP. Disponível em: https://www.gov.br/inep. Acesso em: 25 out. 2021.

LACOSTE, Yves. A pesquisa e o trabalho de campo: um problema político para os pesquisadores, estudantes e cidadãos. Boletim Paulista de Geografia, Seção São Paulo, São Paulo: Associação dos Geógrafos Brasileiros, n. 84, p. 77-92, 2006. Disponível em http://www.agb.org.br/publicacoes/index.php/boletim- paulista/article/view/729. Acessado em: 27 mar. 2022.

MARQUES, Eduardo de Sousa; CLAUDINO-SALES, Vanda de; PINHEIRO, Lidriana de Sousa. Análise das características geoambientais costeiras da cidade de Camocim-CE. Revista Equador (EFPI), vol. 8, Nº 3, p. 225-241. 2019

MARQUES, Eduardo de Sousa. Análise da variação natural e antropogênica da linha de costa no litoral de Camocim, Estado do Ceará. (Mestrado Acadêmico em Geografia) - Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, 2020.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

MORAIS, Eliana Marta Barbosa de. O ensino das temáticas físico-naturais na Geografia Escolar. (Tese de Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

MOREIRA, Ruy. Para onde vai o pensamento geográfico?: por uma epistemologia crítica. São Paulo: Contexto, 2008.

MOREIRA, Marcos Antonio. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006.

PINHEIRO, M. V. A. Evolução Geoambiental e Geohistórica das Dunas Costeiras de Fortaleza, Ceará. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Federal do Ceará, 2009. Fortaleza, 2009.

PREFEITURA DE CAMOCIM. Disponível em: https://camocim.ce.gov.br/. Acesso em: 04 nov. 2021.

QEDU.ORG.BR. Disponível em: https://qedu.org.br/estado/106-ceara/ideb. Acessado em: 28 out. 2021.

SACRAMENTO, Ana Claudia Ramos; SANTANA FILHO, M. M. (Orgs). Ensino de Geografia: produção social do espaço e processos formativos. Rio de Janeiro: Consequência, 2020.

SANTOS, Fernanda Massaro. Estudo de caso como ferramenta metodológica. Revista Meta:

Avaliação, v. 3, n. 9, p. 344-347, 2011.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2002.

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO CEARÁ – SEMACE.

Disponível em: https://www.semace.ce.gov.br/2010/12/09. Acesso em:27 out. 2021.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO CEARÁ – SEDUC. https://www.seduc.ce.gov.br/. Acesso em: 01 nov. 2021.

TUNDISI, José Galizia. Nova prespectivas para a gestão de recursos hídricos. REVISTA USP, São Paulo, n.70, p. 24-35, junho/agosto 2006.

Downloads

Publicado

2023-07-03

Como Citar

Lima de Sousa , R. M. ., & Falcao Sobrinho, J. (2023). Educação ambiental no ensino médio: a aula de campo como meio para conhecer e preservar os recursos hidrológicos.: The field class as a means to learn about and preserve hydrological resources. Revista Geoaraguaia, 13(1), 248–271. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/view/14848