UTILIZAÇÃO DE PLANTAS NA VETERINÁRIA POPULAR NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Amabile Arruda de Souza Silva rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Suellen da Silva Santos rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Ezequiel da Costa Ferreira rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Thamires Kelly Nunes Carvalho rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Camilla Marques de Lucena rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Guilherme Muniz Nunes rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Vital José Pessoa Madruga Filho rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Rodrigo Farias Paiva de Lucena rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE
  • Reinaldo Farias Paiva de Lucena rlucena@dse.ufpb.br
    UFPE

Resumo

O tratamento de animais doentes com utilização de remédios tradicionais no semiárido nordestino é uma prática antiga e bem difundida nas comunidades rurais do Nordeste. Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo registrar o conhecimento e uso de plantas da Caatinga para fins veterinários em duas comunidades rurais nos municípios de Remígio e Solânea, Curimataú da Paraíba (Nordeste, Brasil). Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), exigido pelo comitê de ética em pesquisa (CEP/HULW nº 297/11). Um total de 73 pessoas citaram o uso de plantas para cura de animais, onde 40 eram homens e 33 mulheres. Na análise dos dados coletados fizemos uma correlação entre gêneros e entre os VU (Valor de Uso) calculados com o coeficiente de correlação de Pearson. O valor de uso foi calculado por meio dos cálculos: VUatual/VUpotencial/VUgeral. Foram registradas 16 espécies, 15 gêneros e 11 famílias, 26 indicações terapêuticas e 110 citações de uso. A parte da planta mais usada nas comunidades foi a casca. O uso terapêutico mais indicado foi para lavagem uterina pós-parto em Remígio, e gogo de galinha em Solânea. A espécie de maior VUgeral/VUatual/VUpotencial foi Cynophalla flexuosa (L.) J. Prese. Os VU nas duas comunidades apresentaram correlações significativas (p<0,0001), não sendo encontrada entre os gêneros (p>0,05) em Remígio. Já em Solânea houve correlação entre VUpotencial/VUatual (p<0,0001). A principal geração de conhecimento foi vertical com 56% em Solânea e 65% em Remígio. 45% das pessoas em Remígio e em Solânea não ensinam seu saber. Conclui-se que se faz necessário a realização de estudos para comprovar cientificamente o potencial médico dessas espécies em laboratório, já que as mesmas são constantemente utilizadas na zona rural do semiárido brasileiro.

 

Palavras Chave: Etnoveterinária, Semiárido, Populações Tradicionais

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Biografia do Autor

  • Amabile Arruda de Souza Silva, UFPE
    UFPE
  • Suellen da Silva Santos, UFPE
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  • Ezequiel da Costa Ferreira, UFPE
    UFPE
  • Thamires Kelly Nunes Carvalho, UFPE
    UFPE
  • Camilla Marques de Lucena, UFPE
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  • Guilherme Muniz Nunes, UFPE
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  • Vital José Pessoa Madruga Filho, UFPE
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  • Rodrigo Farias Paiva de Lucena, UFPE
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  • Reinaldo Farias Paiva de Lucena, UFPE
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Como Citar

UTILIZAÇÃO DE PLANTAS NA VETERINÁRIA POPULAR NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA, NORDESTE DO BRASIL. FLOVET - Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica, [S. l.], v. 1, n. 10, 2018. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/7716. Acesso em: 16 abr. 2025.

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