Etnobotânica nas terras altas e baixas no centro-oeste do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59621/flovet.2024.v2.n13.e2024017


Palavras-chave:

Plantas medicinais, Etnobotânica

Resumo

A Etnobotânica definida como a ciência que estuda o conhecimento e as conceituações desenvolvidas por qualquer sociedade a respeito do mundo vegetal é expressiva ao desvelar as plantas culturalmente usadas e manejadas por populações mato-grossenses de descendências afrobrasileira e indígena, que representam a história de ocupação humana. A metodologia trata de análises qualitativas e quantitativas sobre o valor de uso  das plantas alimentares e medicinais que traduzem o processo de  ocupação humana histórica no estado do Mato Grosso. Trata-se de estudo transversal realizado nas terras altas e baixas do Mato Grosso incluindo as comunidades: Passagem da Conceição; Vale das Pedras (Rosário Oeste - Alto Paraguai); Bauxi (Alto Paraguai); Carne Seca (Pantanal). Os resultados registram um total de 176 espécies, distribuídas em 62 famílias botânicas e 743 citações para os diversos usos das plantas citadas. As famílias mais representativas são, Fabaceae, Lamiaceae, Myrtaceae, Rutaceae, Rubiaceae, Solanaceae, Anacardiaceae, Arecaceae.

Palavras chaves: Plantas medicinais, Etnobotânica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003, p. 115-136.

ALBUQUERQUE, U.P. LUCENA, R.F.P. CUNHA, V.F.C. Métodos e Técnicas na Pesquisa Etnobiológica e Etnoecológica. 1. ed. Recife: NUPEEA, 2010. 559 p.

ALBUQUERQUE, U.P. HANAZAKI, N. As pesquisas etnodirigidas na descoberta de novos fármacos de interesse médico e farmacêutico: fragilidades e perspectivas. Revista Brasileira de Farmacologia, São Paulo, v. 16, p. 678-689, 2006.

AMOROZO, M. C. M. Sistemas agrícolas de pequena escala e a manutenção da agrobiodiversidade - uma revisão e contribuições. Rio Claro/ Botucatu, Edição FCA – UNESP. 2013.

AMOROZO, M. C. M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. In: DI STASI, L. C. (Org.) Plantas medicinais: arte e ciência – um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1996. p. 47-68.

APG IV – Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20. 2016.

ÁVILA J.V.C, ZANK S, VALADARES K.M.O, MARAGNO J.M, HANAZAKI N. 2015. The Traditional knowledge of quilombola about plants: does urbanization matter? Ethnobotany Research & Applications 14: 453-462. 2015.

BALDIN, N. MUNHOZ, E.M.B. Snowball (bola de neve): uma técnica metodológica para pesquisa em educação ambiental comunitária. In: X Congresso Nacional de Educação. Curitiba: PUCPR, Anais... 07 a 10 de novembro de 2011. p. 329-341.

CABALLERO, J. La Etnobotânica. In: BARRERA, A. (Ed.). La Etnobotânica: três puntos de vista y uma perspectiva. INIREB, Xalapa. 1979. p. 27-30.

COSTA, I. B. C.; BONFIM, F. P. G.; PASA, M. C. Ethnobotanical survey of medicinal flora in the rural community Rio dos Couros, state of Mato Grosso, Brazil. Boletín Latinoamericano y del Caribe de Plantas Medicinales y Aromáticas 16 (1): 53 – 67. 2017.

FAO. Enabling agriculture to contribute to climate change mitigation. FAO submission to the UNFCCC. The Food and Agriculture Organization of the United Nations. Rome. 2009.

FAO. A Biodiversidade a Serviço da Segurança Alimentar: informe da FAO para América Latina e Caribe sobre o Dia Mundial da Alimentação. 2004.

FERREIRA, A. L. S., PASA, M. C., NUNEZ, C. V. A Etnobotânica na Comunidade Barreirinho. Santo Antônio do Leverger – MT, Brasil. Interações, v.15, n.2, pág. Campo Grande. P. 85-100. 2016.

FERREIRA, A. L. A. MATSUBARA, L. S. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 43, p. 163-168,1997.

FIEBIG, G. A & PASA, M. C. As plantas medicinais na comunidade Passagem da Conceição, Mato Grosso, Brasil. Adv. For. Sci., Cuiabá, v.5, n.1, p.237-248, 2018.

GASPARRI, S. Estudo das Atividades Antioxidante e Mutagênica/Antimutagênica induzidas pelo Extrato Vegetal de Costus spicatus. 2005. Dissertação-Universidade Luterana do Brasil, Mestrado - Diagnóstico Genético e Molecular, Canoas, 2005.

GUARIM, NETO, G., GUARIM, V. L. M., MACEDO, M. Etnobiologia e Etnoecologia: pessoas & natureza na América Latina. In: Silva, V. A., Almeida, A. L. S., Albuquerque, U. P. (Orgs.) Quintais urbanos e rurais em Mato Grosso: socializando espaços, conservando a diversidade de plantas., 1ª ed. Recife: Nuppea, 2010. 321-328p.

HATTORI, E.K.O., NAKAJIMA, J. N. A família Asteraceae na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro, Perdizes, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia, v.59, n. 4, p. 687-749. 2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa de biomas. 2010.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa de biomas. 2016.

LEITE, I. A MORAIS, A. M., Ó, K D. S., CARNEIRO, R. G., LEITE, C. A. A etnobotânica de Plantas Medicinais no Município de São José de Espinharas, Paraíba, Brasil. Biodiversidade, v. 14, n.1, p. 22-30, 2015.

LIMA, C. B.; DE BELLETTINI, N. M. T., SILVA, A. S.; DA CHEIRUBIM, A. P.; JANANI, J. K.; VIEIRA, M. A. V., & AMADOR, T. S. Uso de plantas medicinais pela população da zona urbana de Bandeirantes-PR. Revista Brasileira De Biociências, 5(S1), pg. 600–602. 2008.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, p. 368, 2002.

MINAYO, M. C. S. O desafio da pesquisa social. In: Minayo MCS. (org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29th. ed. Petrópolis, Vozes. 1994.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10th. ed. São Paulo, Hucitec. 2007.

MIRANDA, R. A. O.; PASA, M. C. Agrobiodiversidade dentro e fora das florestas do Cerrado. Mato Grosso. Brasil. Biodiversidade. v.19, n.3. p. 53-69. 2020.

PASA, M. C. Um olhar etnobotânico sobre as comunidades do Bambá, Cuiabá, MT. Ed. Entrelinhas, Cuiabá, MT. 176 p. 2007.

PASA, M. C; HANAZAKI, N; SILVA, O. M. D.; AGOSTINHO, A.; ZANK, S.; ESTEVES, M. I.P.N. Medicinal plants in cultures of Afro-descendant communities in Brazil, Europe and Africa. Acta Botânica Brasílica, 33(2): 340-349. 2019. https://doi.org/10.1590/0102-33062019abb0163. 2019.

PASA, M. C. Medicina tradicional em comunidades mato-grossenses. Biodiversidade, v. 19, n. 2, p. 02-19. 2020.

PASA, M. C. Medicina Tradicional na Amazônia Brasileira. 1. ed. Cuiabá: EdUFMT. MT. E-book. 2021. 162 p. ISBN: 9786555881080. 2021.

PHILLIPS, O. Some quantitative methods for analyzing ethobotanical knowledge. In: Alexiades, M. N. (Ed. ) Selected Guidelines for Ethnobotanical Research: a field manual. NY. NYBG, 1996.

PHILLIPS, O. Los enfoques cuantitativos em etnogafia y etnobiologia: Some Quantitative Methods for analyzing Ethnobotanical knowledge . Métodos Quantitativos em Etnobotânica. p. 182 – 194. 1996.

PHILLIPS, O. GENTRY, A.H. The useful plants of Tambopata, Peru. I. Statistical hypotheses with a new quantitative technique. Economic Botany 47 (1): 33-43. 1993 a.

SOUZA, V. C, FLORES, T. B, COLLETTA, G. D.; COELHO, R. L.G. Guia das Plantas do Cerrado. Piracicaba, SP: Taxon Brasil. 583p. 2018.

VOEKS, R. A. Are women reservoirs of traditional plant knowledge? Gender, ethnobotany and globalization in northeast Brazil. Singapore Journal of Tropical Geography 28: 7-20. 2007.

VOEKS, R. A. Ethnobotany. In: Internacional Encyclopedia of Geography. Fullerton, John Wiley & Sons 1: 1- 4. Voeks RA, Rashford J. 2013. African ethnobotany in the Americas. New York, Springer. 2017.

VOEKS, R. A. RASHFORD, J. African ethnobotany in the Americas. New York, Springer. 2013.

ZANK, S. ÁVILA, J.V.C, HANAZAKI N. Compreendendo a relação entre saúde do ambiente e saúde humana em comunidades Quilombolas de Santa Catarina. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, 18(1): 157-167. 2016.

ZANK, S. HANAZAKI, N. 2017. The coexistence of traditional medicine and biomedicine: A study with local health experts in two Brazilian regions. PLoS One, 12, 0174731. 2017.

Downloads

Publicado

2024-12-14

Edição

Seção

Artigos - Etnobotânica

Como Citar

Etnobotânica nas terras altas e baixas no centro-oeste do Brasil . FLOVET - Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica, [S. l.], v. 2, n. 13, p. e2024017, 2024. DOI: 10.59621/flovet.2024.v2.n13.e2024017. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/18762. Acesso em: 5 dez. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 > >>