EDITORIAL
Resumo
Ao considerarmos desde o mais delicado musgo à mais imponente das árvores, do inseto silente ao predador majestoso, compõe-se uma teia de conexões invisíveis, mas vitais, que chamamos de biodiversidade. A biodiversidade não é apenas um patrimônio — é a própria promessa da vida!
No entanto, nunca a diversidade biológica esteve tão ameaçada. Testemunhamos o desaparecimento silencioso de espécies, a fragmentação de habitats e a erosão genética. A floresta que se vai, a abelha que desaparece, a semente que deixa de germinar: cada perda é uma nota dissonante na sinfonia da Terra.
Mas por que proteger a biodiversidade? Porque é nela que reside a chave para a resiliência dos sistemas naturais e humanos. Nossas culturas, economias e até o bem-estar físico e emocional dependem de uma natureza pulsante e diversa. Da Amazônia ao Cerrado, cada bioma é um reservatório de soluções para a medicina, para a alimentação, para a mitigação das mudanças climáticas, portanto, essência que sustenta a vida.
O Editorial de hoje é, acima de tudo, um convite à ação e à esperança, que requer mudanças de hábitos, políticas públicas robustas, ciência comprometida e, acima de tudo, uma nova ética: a ética do cuidado. Neste contexto, em que a biodiversidade é a nossa própria existência, a Revista BIODIVERSIDADE, ao enfatizar a divulgação dos trabalhos traz à público na 3ª ed. de 2025, as contribuições científicas que tratam de uma ciência comprometida e considerada o tecido vivo do nosso planeta.
Cordiais saudações!
Maria Corette Pasa
UFMT