Criatividade no Ensino e Aprendizagem em Administração
Sistematização e Renovação da Produção Acadêmica
DOI:

Palavras-chave:
Ensino em administração; Criatividade organizacional; Educação em administração; Revisão sistemática.Resumo
Objetivo: integrar e consolidar o conhecimento acadêmico sobre a criatividade no ensino e aprendizagem em administração
Proposta: Congregar a produção acadêmica sobre o ensino e aprendizagem da criatividade na administração e propor a sua renovação.
Pressuposto: A criatividade não é sistematicamente contemplada nas pesquisas sobre ensino e aprendizagem em administração, mesmo tendo, nas últimas décadas, se tornado um dos pilares da gestão contemporânea e das publicações acadêmicas.
Abordagens teóricas: Abordagens sobre o ensino e aprendizagem da administração e a criatividade organizacional.
Provocação: Os resultados desta pesquisa provocam integração, consolidação e renovação dos estudos sobre ensino e aprendizagem em administração preocupados com a criatividade organizacional.
Métodos: Revisão sistemática e narrativa da produção acadêmica, em que o foco recai sobre o processo de seleção, na interpretação reflexiva dos resultados, na geração de categorias integradoras e na proposição de perspectivas que problematizam e orientam pesquisas futuras.
Resultados: Agrupamentos conceituais para estruturar o entendimento sobre o a criatividade organizacional no contexto do ensino e aprendizagem em administração: posicionamentos, pedagogias e perspectivas. Os agrupamentos permitem mapear e melhor entender as pesquisas existentes, bem como identificar suas carências e oportunidades de pesquisa.
Conclusões: Os resultados desta pesquisa contribuem para estruturar, estimular e orientar pesquisas futuras por meio de três propostas: pedagogias baseadas na prática, pedagogias baseadas nas artes e uma perspectiva teórica da criatividade coletiva.
Downloads
Referências
Abdullah, N. L., Hanafiah, M. H., & Hashim, N. A. (2013). Developing Creative Teaching Module: Business Simulation in Teaching Strategic Management. International Education Studies, 6(6), 95-107.
Aktouf, O. (2005). Ensino da Administracão: por uma pedagogia para a mudança. Organizações & Sociedade, 12(35), 151-159.
Amabile, T. M. (2017). In Pursuit of Everyday Creativity. Journal of Creative Behavior, 51(4).
Amabile, T. M. (1998). How to Kill Creativity. Harvard Business Review. www.hbr.org
Anderson, D. R. (2002). Creative teachers: Risk, responsibility, and love. Journal of Education, 183(1), 33-48.
Antonello, C. S. & Godoy, A. S. (2010). A encruzilhada da aprendizagem organizacional: uma visão multiparadigmática. Revista de Administração Contemporânea, 14(2), 310-332. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552010000200008
Araújo, G. F., & Davel, E. (2018). Educação empreendedora, experiência e John Dewey. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 12(4), 1-16. doi: 10.12712/rpca.v12i4.1329.
Barbosa, F. P. M., Davel, E. P. B., & Cunha, M. P. (2021). Embodying improvisational education for managers: learning from theater. Culture and Organization, 28(3-4), 296–312.
Barbosa, F. P. M., & Davel, E. P. B. (2022). Teaching and learning of organizational improvisation: The value of theater in management learning. Revista de Administração da Mackenzie, 23(4), 1-29.
Bedani, M. (2012). O impacto dos valores organizacionais na percepção de estímulos e barreiras à criatividade no ambiente de trabalho. Revista de Administração Mackenzie, 13(3), 150-176.
Biggs, J., & Tang, C. (2011). Teaching for quality learning at university (4a Ed.). London, UK: McGraw-Hill.
Brown, J. & Duguid, P. (1991) Organizational learning and communities-of-practice: Toward a unified view of working, learning, and innovation. Organization Science 2(1), 40–57.
Bruno-Faria, M. F., Veiga, H. M. S. & Macedo, L. F. (2008). Criatividade nas organizações: Análise da produção científica nacional em periódicos e livros de Administração e Psicologia. Revista de Psicologia das Organizações e do Trabalho, 8(1), 142-163.
Bureau, S. P.; Komporozos-Athanasiou, A. (2016). Learning subversion in the business school: An ‘improbable’ encounter. Management Learning. 48(1), 39-56.
Chim-Miki, A. F., Campos, D. B., & de Melo, L. S. A. (2019). Definindo Espaços de Educação Criativa no Ensino Superior de Administração através de Mecanismos de Cocriação de Valor. Administração: Ensino e Pesquisa, 20(2), 1-22.
Clegg, S. R., & Ross-Smith, A. (2003). Revising the Boundaries: Management Education and Learning in a Postpositivist World. Academy of Management Learning & Education, 2(1), 85-98.
Coldevin, G. H., Carlsen, A., Clegg, S., Pitsis, T. S., & Antonacopoulou, E. P. (2019). Organizational creativity as idea work: Intertextual placing and legitimating imaginings in media development and oil exploration. Human Relations, 72(8), 1369-1397. doi: 10.1177/0018726718806349.
Csikszentmihalyi, M. (2015). The systems model of creativity: The collected works of Mihaly Csikszentmihalyi. Springer.
Dardot, P., & Laval, C. (2017). A nova razão do mundo. Boitempo Editorial.
Davel, E., Vergara, S. C., & Ghadiri, P. D. (Eds.). (2007). Administração com arte: experiências vividas de ensino-aprendizagem. São Paulo: Editora Atlas.
Dey, P., & Steyaert, C. (2007). The Troubadours of Knowledge: Passion and Invention in Management Education. Organization, 14(3), 437-451.
Dourado, P. C. & Davel, E. P. B. (2022). Creativity as practice: perspectives and challenges for research on management. Revista de Administração de Empresas, 62(3), 1-20. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-759020220310.
Escrivão Filho, E., & Ribeiro, L. R. d. C. (2008). Inovando no ensino de administração: uma experiência com a aprendizagem baseada em problemas. Cadernos EBAPE.BR, Especial(Agosto), 1-9.
Elsbach, K. D., & Knippenberg, D. van. (2020). Creating high-impact literature reviews: An argument for ‘Integrative Reviews’. Journal of Management Studies, 57(6), 1277–1289.
Fields, Z., & Atiku, S. O. (2017). Management education and creativity. In Neeta Baporikar (Ed.), Innovation and shifting perspectives in management education (pp. 33-57). Windhoeke; IGI Global.
Fini, M. I. (2018). Inovações no ensino superior. Metodologias inovadoras de aprendizagem e suas relações com o mundo do trabalho: desafios para a transformação de uma cultura. Administração: Ensino e Pesquisa, 19(1), 176-183.
Freitas, R. G., & Davel, E. P. B. (2022). Criatividade plural: Panorama, desafios e perspectiva para a produção acadêmica em Administração. Contextus: Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 20(18), 253-265.
Gagliardi, P., & Czarniawska, B. (Eds.). (2006). Management education and humanities. Cheltenham: Edward Elgar.
George, J. M. (2007). Dialectics of creativity in complex organizations. In T. Davila, M. J. Epstein, & R. Shelton (Eds.), The creative enterprise: managing innovative organizations and people. Westport: Praeger, 439-477.
Gherardi, S. (2016). The practice-turn in management pedagogy: a cross-reading. In C. Steyaert, T. Beyer, & M. Parker (Eds.), The Routledge companion to reinventing mana gement education (pp. 264-270). London: Routledge.
Gherardi, S. (2019). How to conduct a practice-based study: Problems and methods (second edition). Edward Elgar Publishing.
Gherardi, S., & Nicolini, D. (2000). The organizational learning of safety in communities of practice. Journal of Management Inquiry, 9(1), 7-18.
Giles, C., & Hargreaves, A. (2006). The sustainability of innovative schools as learning organizations and professional learning communities during standardized reform. Educational Administration Quarterly, 42(1), 124-156.
Glăveanu, Vlad P. 2014. Distributed Creativity: Thinking Outside the Box of the Creative Individual. London: Springer.
Glăveanu , V. P. (2014). Thinking through creativity and culture: toward an integrated model. New Brunswick, London: Transaction Publishers.
Glăveanu, V. P. (2017). A Culture-Inclusive, Socially Engaged Agenda for Creativity Research. Journal of Creative Behavior, 51(4), 338-340.
Gough, D., Oliver, S., & Thomas, J. (2012). An introduction to systematic reviews. Los Angeles: Sage Publications
Gray, D., Brown, S., & Macanufo, J. (2010). Gamestorming: A playbook for innovators, rulebreakers, and changemakers. Sebastopol: O'Reilly Media, Inc.
Guilford, J. P. (1950). Creativity. American Psychologist, 5, 444–454.
Higgs, J., Barnett, R., Billett, S., Hutchings, M., & Trede, F. (Eds.). (2012). Practice-based Education: Prespectives and strategies. Rotterdam: Sense Publishers.
Hodgkinson, G. P., & Ford, J. K. (2014). Narrative, meta-analytic, and systematic reviews: What are the differences and why do they matter? Journal of Organizational Behavior, 35(1–5).
James, M. A. (2015). Managing the classroom for creativity. Creative Education, 6(10), 1032-1048.
Jones, K., Sambrook, S., Henley, A., & Norbury, H. (2012). Higher education engagement in leadership development. Industry & Higher Education, 26(6), 461-472.
Joo, B. K., McLean, G. N., & Yang, B. (2013). Creativity and human resource development: An integrative literature review and a conceptual framework for future research. Human Resource Development Review, 12(4), 390-421.
Kaufman, J.C.; Glăveanu, V. (2022). Positive Creativity in a Negative World. Education Sciences, 12(3), 193. https://doi.org/10.3390/ educsci12030193
LeFrançois, G. R. (2008). Teorias da aprendizagem. São Paulo: Cengage.
Mainemelis, C., Kark, R., & Epitropaki, O. (2015). Creative Leadership: A Multi-Context Conceptualization. Academy of
Management Annals, 9(1), 393–482.
Moeran, B. (2009). The organization of creativity in Japanese advertising production. Human Relations, 62(7), 963-985.
Muzzio, H. (2019). Trilhas, textos e contextos da liderança criativa. Revista de Administração de Empresas, 59(4), 308-309.
Olatoye, R. A., Akintunde, S. O., & Yakasi, M. I. (2010). Emotional intelligence, creativity and academic achievement of business administration students. Electronic journal of research in educational psychology, 8(2), 763-786.
Patriotta, G. (2020). Writing impactful review articles. Journal of Management Studies, 57(3), 1272-1276.
Pires, M. R. G. M., Spagnol, C. A., Brito, M. J. M., Gazzinelli, M. F. D. C., & Montenegro, L. C. (2009). Diálogos entre a arte e a educação: uma experiência no ensino da disciplina de administração em saúde. Texto & Contexto-Enfermagem, 18(3), 559-567.
Pozo, J. I. (2002). Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
Pretto, F., Filardi, F., & de Pretto, C. (2010). Jogos de empresas: uma estratégia de motivação no processo de ensino e aprendizagem na teoria das organizações. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, 3(1), 191-218.
Raelin, J. A. (2009). The practice turn-away: Forty years of spoon-feeding in management education. Management Learning, 40(4), 401-410.
Raelin, J. A. (2007). Toward an epistemology of practice. Academy of Management Learning & Education, 6(4), 495-519.
Richard, V., Glăveanu, V., & Aubertin, P. (2023). What Would the Idea Say? Experimenting with Creative Writing about Creativity. Minnesota Review, 2023(100), 132-150.
Robinson, K. (2011). Out of our minds. New York: Tantor Media, Incorporated.
Rocha, C. R. N. C., & Davel, E. P. B. (2023). Stories in management education: Relevance, insights, and perspectives. Contextus – Contemporary Journal of Economics and Management, 21, e82316. https://doi.org/10.19094/contextus.2023.82316
Śledzik, K. (2013). Schumpeter’s view on innovation and entrepreneurship. Management Trends in Theory and Practice,(ed.) Stefan Hittmar, Faculty of Management Science and Informatics, University of Zilina & Institute of Management by University of Zilina.
Souza-Silva, J. C.; Paixão; R. B., Silva; A. P. E & Alves, M. V. P. (2018). Competências docentes para o ensino superior em administração. Organizações & Sociedade. 25(??), 457-484. DOI 10 .1590/1984-9250866
Schmitz, L. C., Alperstedt, G. D., Van Bellen, H. M., & Schmitz, J. L. (2015). Limitações e dificuldades na utilização da abordagem experiencial no ensino de gerenciamento de projetos em um curso de graduação em administração. Administração: ensino e pesquisa, 16(3), 537-569.
Sternberg, R. J., & Lubart, T. I. (1999). The concept of creativity: Prospects and paradigms. Handbook of creativity, 1, 3-15.
Steyaert, C., Beyer, T., & Parker, M. (Eds.). (2016). The Routledge companion to reinventing management education. London: Routledge.
Taha, V. A., Tej, J., & Sirkova, M. (2016). Creativity in management education and techniques stimulating creativity. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 197, 1918-1925.
Takahashi, R. T., & Peres, H. H. C. (2000). Os jogos como estratégia criativa para o ensino de administração em enfermagem. Revista Paulista de Enfermagem, 19(1), 19-23.
UNCTAD, R. D. E. C. (2010). Economia Criativa: Uma Opção de Desenvolvimento Viável. São Paulo.
Unesco (2015). Conclusions of the IX Annual Meeting of the UCCN. Unesco. Disponível em:
<https://en.unesco.org/creative-cities/node/3>.
Wurth, K. B., van der Tuin, I., & Verhoeff, N. (2023). Introduction to "Mobilizing Creativity, Part 1": A Humanities Perspective. Minnesota Review, 100(1), 60-64.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Perola Dourado, Eduardo Davel

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todos os autores que submetem e publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, seja em parte ou em sua totalidade.
- Declaro, ainda, que uma vez publicado na Repad, editada pela Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus Rondonópolis, o Trabalho jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais coautores, caso haja, a qualquer outro periódico.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.