O Emparelhamento da Performance: A drag queen como cobaia mainstream do parque farmacopornográfico
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Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discutir a dimensão aurática da performance drag queen nas dinâmicas do tecnocapitalismo. Ao levar em consideração as contribuições de Preciado (2018) sobre a biopolítica e o regime farmacopornográfico diante dos processos de tecnificação gestionados pelo corpo, pretende-se perceber como o capitalismo artista (LIPOVETSKY; SERROY, 2015) através do poder performativo de produzir artefatos empalha a performance do fenômeno drag queen como forma de controle da subjetividade na era transestética. Nesse sentido, vale considerar a dimensão semiótica-técnica da produção performativa de gênero, no sentido de perceber que a performance drag no circuito de consumo da indústria cultural se aproxima da produção de subjetividades tóxicas-pornográficas. Portanto, tendo em vista o trabalho dentro do circuito fechado da excitação-capital-frustração-excitação-capital, a drag queen parece cada vez mais distante da dimensão artivista da emergência política e cada vez mais próxima do tecnogozo que o verniz plástico do consumo desenha como mais valia do proletariado farmacopornográfico.
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