INEQUIDADE EM SAÚDE ENTRE USUÁRIOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DOI:

Palavras-chave:
Equidade em Saúde, Hospital Universitário, Determinação Social da SaúdeResumo
O objetivo deste artigo é analisar as expressões da inequidade em saúde na vida de usuários de um Hospital Universitário no ano de 2023. Trata-se de pesquisa retrospectiva e exploratória, fundamentada no Materialismo histórico-dialético e na perspectiva da Determinação Social da Saúde. O estudo sistematiza a situação de saúde coletiva dos usuários de uma unidade de internação, além de indicar impactos estruturais em seu processo de saúde-adoecimento. A pesquisa demonstrou que a inequidade em saúde pode atravessar os usuários do hospital na medida em que impõe barreiras de acesso ao sistema, nutridas por forças que almejam seu sucateamento e privatização. Como resultado da desigualdade no acesso, ela também pode se expressar na conformação de um perfil patológico particular das classes populares, marcado pela prevalência de doenças e condições preveníveis.
Downloads
Referências
AZEVEDO, A. L. M.; COSTA, A. M. A estreita porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS): uma avaliação do acesso na Estratégia de Saúde da Família. Interface (Botucatu) [Internet]. 2010; n. 14, v. 35, p. 797–810. Doi: <https://doi.org/10.1590/S1414-32832010005000029>.
COUTINHO, C. N. Gramsci. Um estudo sobre seu pensamento político. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
CHIORO, A.; COSTA, A. M. A reconstrução do SUS e a luta por direitos e democracia. Saúde em Debate [online]. v. 47, n. 136, 2023, p. 05-10. Doi: <https://doi.org/10.1590/0103-1104202313600>.
CUNHA, J. R. A. O (des)financiamento do direito à saúde no brasil: uma reflexão necessária. Revista de Direitos Sociais, Seguridade e Previdência Social. v. 7, n. 1, 2021, p. 59-77.
GARBOIS, J.A.; SODRÉ, F.; DALBELLO-ARAUJO, M. Da noção de determinação social à de determinantes sociais da saúde. Saúde em Debate, 2017, v. 41, n. 112, p. 63-76. Doi: <https://doi.org/10.1590/0103-1104201711206>.
BORGES, F. T et. al. Anatomia da privatização neoliberal do SUS: o papel das organizações sociais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
BREILH, J. Epidemiologia crítica: ciência emancipadora e interculturalidade. 1 ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (HC-UFG) / EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES (EBSERH). Relatório de Gestão HC-UFG/EBSERH 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-centro-oeste/hc-ufg/governanca/gestao-estrategica/RELATRIODEGESTODOHC2020GA.pdf> Acesso em: 13 jul. 2023.
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (HC-UFG) / EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES (EBSERH). Relatório de Gestão HC-UFG/EBSERH 2023.
LAURELL, A. C. La salud-enfermedad como proceso social. La salud-enfermedad como proceso social. Revista Latinoamericana de Salud, Cidade do México, n. 2, p. 7-25, 1982.
LUNA, E. J. A. A emergência das doenças emergentes e as doenças infecciosas emergentes e reemergentes no Brasil. Revista Brasileira De Epidemiologia, n. 5, v. 3, (2002), p. 229–243. Doi: <https://doi.org/10.1590/S1415-790X2002000300003>.
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. 3. ed. São Paulo: Sundermann, 2017.
MENDES, A. N.; MARQUES, R. M. Os (Des)caminhos do financiamento do SUS. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, 2003, v. 27, n. 65, p. 389-404.
PADRÓS, E.S. Repressão e violência: segurança nacional e terror de Estado nas ditaduras latino-americanas. In: FICO, C. et al. Ditadura e democracia na América Latina. Balanço histórico e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV, 2008, p. 143-178.
PAIM, J. S. Bases conceituais da Reforma Sanitária Brasileira. In: Saúde e democracia: a luta do CEBES. Lemos Editorial, 1997. Capítulo de Livro. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/handle/ri/6538> Acesso em: 05 jul. 2024.
PAIM, J. S. A reforma sanitária brasileira e o Sistema Único de Saúde: dialogando com hipóteses concorrentes. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, n. 18, v. 4, 2008, p. 625-644.
PAIM, J. S. Uma análise sobre o processo da Reforma Sanitária brasileira. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 33, n. 81, 2009, p. 27-37.
PRATA, P. R. A Transição Epidemiológica no Brasil. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, N. 8, V. 2, 1992, p. 168-175. Doi: <https://doi.org/10.1590/S0102-311X1992000200008>.
SALVADOR, E. Fundo público e políticas sociais na crise do capitalismo. Serviço Social & Sociedade, n. 104, 2010, p. 605–631. Doi: <https://doi.org/10.1590/S0101-66282010000400002>.
SALVADOR, E. O arcabouço fiscal e as implicações no financiamento das políticas sociais. Argum., Vitória, v. 16, n. 1, p. 6-19, jan./abr. 2024. Doi: <http://10.47456/argumentum.v16i1.44218>.
SANCHEZ, R. M.; CICONELLI, R. M. Conceitos de acesso à saúde. Rev. Panam. Salud Publica. 2012; n. 31, v. 3, p. 260–268.
SCHRAMM, J. M. A. et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, n. 9, v. 4, 2004, p. 897-908. Doi: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232004000400011>.
SOUZA, D. O. A saúde na perspectiva da ‘ontologia do ser social’. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, 2016, v. 14 n. 2, p. 337-354. Doi: <http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00009>.
SOUZA, D. O. O caráter ontológico da determinação social da saúde. Serviço Social & Sociedade, N. 137, 2020, p. 174–191. Doi: <https://doi.org/10.1590/0101-6628.207>.
TRAVASSOS, C; MARTINS, M. Uma revisão sobre os conceitos de acesso e utilização de serviços de saúde. Cad Saúde Pública [Internet]. 2004; n. 20, p. 190–198. Doi: <https://doi.org/10.1590/S0102-311X2004000800014>.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVISTA DIREITOS, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
1. O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida.
2. O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.
3. O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica. A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA.
4. A cessão é gratuita e, portanto, não haverá qualquer tipo de remuneração pela utilização da OBRA pela CESSIONÁRIA.