MEMÓRIAS E TRAJETÓRIAS SOCIAIS DE FAMÍLIAS FACCIONISTAS DO AGRESTE PARAIBANO E PERNAMBUCANO

Autores

DOI:

10.56267/rdtps.v9i16.15433

Palavras-chave:

Faccionista, Trajetória social e memória, Desverticalização produtiva

Resumo

Desde a década de 1990 a globalização impactou a indústria têxtil no Brasil. A partir de reflexões com base em estudos interdisciplinares, avaliamos essa relação da atividade têxtil e a produção ao rés do chão da estrutura produtiva, as famílias faccionistas. Com isso, procuramos responder a seguinte questão: como se deu o processo de trajetórias sociais de trabalhadores, a partir das memórias familiares e laborativas em diversas atividades profissionais? Ademais, como se constituiu uma relação laborativa com o avanço das igrejas evangélicas no agreste pernambucano e paraibano. Para tanto, realizamos uma análise sobre as trajetórias familiares diante de relações laborativas com as atividades no campo, empregos temporários e camadas de terceirização com desdobramentos na atividade têxtil faccionista. Como fundamentos teóricos, recorremos à literatura da história social do trabalho e trajetória social, bem como estudos sobre memória e história oral. Utilizamos como fontes na nossa pesquisa narrativas orais e trabalhos de extração acadêmica referentes ao avanço da terceirização nas franjas das áreas periféricas do Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Annahid Burnett, UEPB -Universidade Estadual da Paraíba

Universidade Estadual da Paraíba – UEPB. Pós-doutorado em Desenvolvimento Regional; Doutorado em Ciências Sociais; Mestrado em Sociologia; Licenciatura em Sociologia. Autora do Livro ESTUDOS DE CASOS EM ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA (org.), EDUFPE, 2020. Autora do Livro VOZES FEMININAS (org.) EDUFPE, 2019. Autora do Livro A SAGA DA ALGAROBA. NEA, 2018. Autora do Livro VOZES DA SULANCA, ED. NEA, 2016.Tradutora do Livro SOCIOLOGIA AMBIENTAL, do Prof° John Hannigan da Universidade de Toronto, Ed. VOZES, 2009. Membro da OAC - Open Anthropology Cooperative by Keith Hart. Membro da National Geographic Society. Pesquisadora do Mestrado em Desenvolvimento Regional da UEPB.

Francisco Fagundes, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB

Pós-doutor em História/UFPE. Doutor em Sociologia/UFCG. Professor do Departamento de História/UEPB (Campus III) nas áreas de História do Brasil e História da América. 

Edmilson das Chagas Lira, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB

Graduado em Licenciatura em Sociologia UEPB. Estagiário PIBIC do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional UEPB.

Referências

ANTUNES, Ricardo. O Privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.

BURNETT, Annahid. Vozes da Sulanca. Alemanha: Editora NEA, 2016.

LIMA, Jacob Carlos; HOLZMANN, Lorena. Tempo, espaço e trabalho. In: Eckert, Cornelia; ROCHA, Ana Luiza Carvalho da (Orgs). Etnografias do trabalho, narrativas do tempo. Porto Alegre: Marcavisual, 2015.

LOZANO, Jorge Eduardo Aceves. Prática e estilos de pesquisa na história oral contemporânea. In: Usos e abusos da história oral. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2006, p. 15-25.

LUCLKTENBERG, I. A. B. A indústria têxtil catarinense e o caso da Hering. 2004, 261 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2004.

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac Naif, 2003.

PORTELLI, Alessandro. A filosofia e os fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, vol. 1, n. 2, p. 59-72, 1996.

PORTELLI Alessandro. Un trabajo de relación. Observaciones sobre la historia oral. Testemonios, n. 7, p. 193-204, 2018.

RIBEIRO, A. V. Análise das empresas de costura frente ao desenvolvimento local do município de Bandeira do Sul/MG: um estudo de caso. 2011. 136 f. Dissertação (Mestrado em Administração de Organizações) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011.

SIQUEIRA, L. B. de. Informalidade e precarização: o trabalho das costureiras de facção de Fortaleza/Ceará. 2012. 140 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Faculdade Psicologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.

NETO, R. J. Formação, expansão e possibilidades de consolidação da indústria de confecções na Região de Criciúma. 1995. 217 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1995.

THOMPSON, Edward, Palmier. A formação da classe operária inglesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1988.

THOMPSON, Edward, Palmier. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

FONTES ORAIS (Nomes Reais)

SOUZA, Mauricea Santina Soares. Trabalha comigo ou a família de casa ou a família da igreja. História Oral concedida em 2017.

TAVARES, Josefa Velez; SILVA, Gercino Deodoro da. Meu marido costura também, ele faz bolsa, faz tudo. História Oral concedida em 2017.

Downloads

Publicado

2023-07-01

Como Citar

BURNETT, A.; FAGUNDES, F.; LIRA, E. das C. . MEMÓRIAS E TRAJETÓRIAS SOCIAIS DE FAMÍLIAS FACCIONISTAS DO AGRESTE PARAIBANO E PERNAMBUCANO. REVISTA DIREITOS, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL, [S. l.], v. 9, n. 16, p. 171–209, 2023. DOI: 10.56267/rdtps.v9i16.15433. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rdtps/article/view/15433. Acesso em: 6 dez. 2024.