MICHEL FOUCAULT, ESCOLA SEM PARTIDO E O RECRUDESCIMENTO MORAL DE UM NOVO “VIGIAR E PUNIR”

Autores

DOI:

10.56267/rdtps.v9i16.15190

Palavras-chave:

Escola sem Partido, Michel Foucault, Vigiar e Punir

Resumo

O presente artigo discorre sobre o recrudescimento de um novo modo de vigilância e punição, decorrente da confecção de novos projetos de lei que pretendem, por “meios democráticos” cercear e monitorar o trabalho desenvolvido por professores de ciências humanas em escolas públicas. A nível nacional, o projeto de lei n. 867/2015, batizado como Projeto “Escola sem Partido” é um exemplo muito claro da manifestação recente desse novo movimento falsamente compreendido como democrático. Além disso, no estado de Santa Catarina, tal ideia tomou corpo quando o atual governador, Jorginho Mello, sancionou a lei nº 18.637/2023, que restringe e regulamenta a ação dos professores por meio da “Semana do Estudante”, o que não passa de um engodo para a “democratização da censura”. Em meio a esse novo movimento, a obra “Vigiar e Punir” (1987), de Michel Foucault, bem como o trabalho de seus comentadores, servirá de esteio para a interpretação do recrudescimento desse antigo fenômeno que nos vem bater à porta na aurora da segunda década do século XXI. O panóptico de Bentham assume novas feições e o controle sobre o dito e não-dito se tornam ainda mais severos, pois o trabalho do pensamento crítico mais uma vez é questionado em nome de pseudoameaças que miram a “moral e os bons costumes”. Vale destacar que este texto assumiu a metodologia científica de ordem bibliográfica e se coloca como um ensaio de ordem especulativa-argumentativa.

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Biografia do Autor

Alexandre João Cachoeira, Uniarp - Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (Caçador-SC)

Possui licenciatura em História pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe - Uniarp (2010-2014). Mestrando pelo PPGDS (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Sociedade) - Mestrado Acadêmico Interdisciplinar da UNIARP (2022-). Atuou como educador no CESMAR (Centro Social Marista) em Caçador-SC (2012-2016). Tem experiência no ensino de História e em projetos sociais. Pesquisa atualmente no mestrado a relação entre IDH, evasão e regionalidade na região do Alto Vale do Rio do Peixe.

Bianca Karine Grobe, Uniarp - Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (Caçador-SC). PPGDS

Especialista em Direito Constitucional e Público pela Universidade Estácio de Sá. Bacharela em Direito pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP. Mestranda do Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Sociedade. Bolsista do Prosup/Capes.

Joel Cezar Bonin, Uniarp - Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (Caçador-SC)

Doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2020). Mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2008) e graduação em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1997). É professor da UNIARP (Universidade Alto Vale do Rio do Peixe), desde 2010. Atua como professor no Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento e Sociedade (PPGDS), na linha de pesquisa “Sociedade, Cidadania e Segurança” (2020) e no Mestrado Profissional em Educação Básica, na linha de pesquisa “Políticas Públicas e Gestão da Educação” (2019).

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Publicado

2023-07-01

Como Citar

JOÃO CACHOEIRA, A. .; GROBE, B. K.; BONIN, J. C. MICHEL FOUCAULT, ESCOLA SEM PARTIDO E O RECRUDESCIMENTO MORAL DE UM NOVO “VIGIAR E PUNIR”. REVISTA DIREITOS, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL, [S. l.], v. 9, n. 16, p. 414–448, 2023. DOI: 10.56267/rdtps.v9i16.15190. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rdtps/article/view/15190. Acesso em: 21 nov. 2024.