QUEM “PAGA A CONTA” DA SAÚDE MENTAL NA ERA DO INCENTIVO AO TRABALHO INFORMAL?
Palavras-chave:
trabalho informal, economia informal, saúde mental, saúde do trabalhadorResumo
Diante de desmontes nas leis trabalhistas, desinvestimentos do governo atual em setores da saúde e na previdência social, do alto índice de desemprego e de informalidade no Brasil, deve-se analisar possíveis impactos dessas questões sobre os trabalhadores. Nesse sentido, o objetivo é discutir implicações desses desmontes e do trabalho informal para a saúde mental dos trabalhadores. Foi entendido como fundamental analisar as relações entre trabalho, adoecimento mental, e conjuntura social, econômica e política do Brasil atual. Foi possível apontar problemáticas, e identificar contradições no que vem sendo tradicionalmente compreendido como soluções em saúde mental e trabalho. Aponta-se como insuficiente “medicalizar” questões que antes de serem patológicas são sociais, econômicas e políticas. Deve-se prioritariamente (re)pensar ações transformadoras das condições de trabalho.
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