Gênero e neo-orientalismo em autobiografias de mulheres muçulmanas
Resumo
BASTOS, Laísa Marra de Paula Cunha. Fetiche neo-orientalista – o problema da autorrepresentação do subalterno e as autobiografias muçulmanas. Goiânia: EdUFG, 2016.
No livro Fetiche neo-orientalista: o problema da autorrepresentação do subalterno e as autobiografias de mulheres muçulmanas – resultado da pesquisa de mestrado de Laísa Marra de Paula Cunha Bastos, defendida em 2015 no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Goiás –, a autora disserta sobre como as autobiografias de mulheres muçulmanas estão situadas em determinado contexto geopolítico e cultural. Para isso, Bastos (2016) analisa as obras Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã (YOUSAFZAI, 2013), Infiel: a história de uma mulher que desafiou o Islã (ALI, 2009) e Princesa: a história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus (SASSON, 2005) na tentativa de compreender elementos que parecem se repetir nessas autobiografias. O intuito da autora é, portanto, examinar as razões do interesse editorial pelas mulheres muçulmanas, sempre rotuladas como oprimidas, tendo em vista o imaginário neo-orientalista presente nas sociedades ocidentais.
Referências
ALI, A. H. Infiel: a história de uma mulher que desafiou o islã. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
SASSON, J. P. Princesa: a história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus. Rio de Janeiro: Editora Best Seller, 2005.
YOUSAFZAI, M. Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.