Enunciação aforizante e enunciação textualizante: quais os limites?

Autores

  • Anna Flora Brunelli anna.brunelli@unesp.br
    Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (DELL) Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE) UNESP - Câmpus de São José do Rio Preto (SP) https://orcid.org/0000-0003-4981-3291

Palavras-chave:

aforização, enunciação, discurso de autoajuda

Resumo

Neste trabalho, considerando as diferenças entre a enunciação textualizante e a enunciação aforizante, analisamos um conjunto de frases aforizadas presentes em uma obra de autoajuda que trata de relacionamentos e que se dirige especificamente ao público feminino adulto. A análise revela que algumas dessas aforizações apresentam certas particularidades inesperadas para esse tipo de enunciação, a saber: marcas de interação e marcas de heterogeneidade enunciativa. Com essas marcas, tais aforizações fogem um pouco do padrão da enunciação aforizante, aproximando-se da textualizante, o que evidencia que a enunciação é, em essência, uma encenação que pode eventualmente por em questão os limites entre os dois regimes enunciativos.

Biografia do Autor

Anna Flora Brunelli, Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (DELL) Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE) UNESP - Câmpus de São José do Rio Preto (SP)

Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (DELL)

Área de Língua Portuguesa

Linha de pesquisa:  Estudos do Texto e do Discurso

Referências

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Publicado

2019-10-13

Como Citar

BRUNELLI, A. F. Enunciação aforizante e enunciação textualizante: quais os limites?. Polifonia, [S. l.], v. 26, n. 43, p. 68–88, 2019. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/8015. Acesso em: 26 abr. 2024.