O pensamento romântico alemão: uma revolução de ideias

Autores

  • Gérard Wormser gwormser@sens-public.org

Resumo

Entre 1770 e 1800, é difundido na Alemanha um conjunto de reflexões relacionadas à arte e à subjetividade. É a filosofia do romantismo. O desenvolvimento intelectual alemão começa por um diálogo com os Iluministas franceses antes de se voltar para uma reflexão sobre a originalidade das expressões culturais, em Lessing ou Herder e seus sucessores, antes de se radicalizar, com Kant, Schelling ou Goethe, em um pensamento da subjetividade em que a estética está próxima da moral e da metafísica, e a literatura da filosofia e da religião. Esse ciclo se completa desde a primeira década do século XIX, como o ciclo revolucionário francês: a fecundidade filosófica do romantismo se esgota. Hegel critica essas expressões quase-religiosas e dá o sinal de retorno à ordem no pensamento. Verdadeiro fenômeno social, a expansão do romantismo na Europa se efetuará então sem retornar sobre os limites conceituais. O período romântico acompanha, no século XIX, uma época reacionária. Dissociada de um pensamento histórico como da metafísica, a subjetividade, dotada do psiquismo e do entusiasmo romântico, propagará antes uma antropologia, que uma filosofia.

 

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Publicado

2017-07-12

Como Citar

WORMSER, G. O pensamento romântico alemão: uma revolução de ideias. Polifonia, [S. l.], v. 23, n. 34, p. 12–34, 2017. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/5325. Acesso em: 25 abr. 2024.