ENQUANTO ECOAM AS VOZES, TESSITURA POÉTICA BAKHTINIANA, EU-OUTRO, EU-OUTRO, EU-OUTRO...
Resumo
Com a vanguarda modernista contradizendo a tradição, nasce um novo modo de concepção do literário, então chamado poesia polifônica, sobre a qual iremos nos debruçar neste estudo, que pretende dar conta da forma composicional da poesia, à luz do pensamento revolucionário da moderna teoria discursiva. Para tanto, uma das discussões centrais diz respeito a uma releitura dos princípios teóricos que permearam o século XX, sobretudo, acerca dos gêneros discursivos, da dialogia e da polifonia na linguagem literária. A dinâmica das vozes, no entanto, sua instanciação e seu funcionamento, virá à tona na e pela voz do otimista, do trágico, do incrédulo, do revoltado. Culminância lírico-polifônica, na voz do poeta d’A rosa do povo.
PALAVRAS-CHAVE: poesia polifônica, modernismo literário, Carlos Drummond de Andrade