AS ILHAS DE VEGETAÇÃO URBANA EM CUIABÁ, MT: aspectos botânicos e ecológicos de espécies arbórea- arbustiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59621/flovet.2025.v3.n14.e2025004


Palavras-chave:

Vegetação urbana, Cerrado, Conforto térmico, Biodiversidade, Conservação ambiental.

Resumo

O estudo investigou a composição arbórea e arbustiva de 2 áreas em Cuiabá, MT, caracterizadas como ilhas de vegetação urbana, avaliando aspectos ecológicos e botânicos das espécies do Cerrado. O levantamento arbóreo identificou 57 espécies no campus da UFMT e 44 no Parque Mãe Bonifácia, com destaque para as famílias Fabaceae, Malvaceae, Vochysiaceae e Anacardiaceae. Essas áreas, representativas do bioma Cerrado, evidenciam a relevância das espécies nativas na modulação do microclima e na contribuição dos serviços ecossistêmicos locais. O estudo revelou que a biodiversidade nas áreas amostrados desempenham funções de dispersão, especialmente zoocórica e anemocórica, de espécies florestais em diferentes estágios de sucessão ecológica. Os resultados destacam a necessidade de estratégias de manejo sustentável em ilhas de vegetação urbana, que integrem a conservação ambiental e qualidade de vida urbana em cenários de crescente urbanização.

Downloads

Biografia do Autor

  • Caio César Martins de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso

    Pesquisador do PPGCFA/UFMT. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil. 

  • André Luiz de Moraes e Silva, Universidade Federal de Mato Grosso

    Pesquisador do PPGCFA/UFMT. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil

  • Itamar Camaragibe Lisboa Assumpção, Universidade Federal de Mato Grosso

    Pesquisador do PPGCFA/UFMT. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil. 

  • Liliane Lezan, Universidade Federal de Mato Grosso

    Pesquisadora do PPGCFA/UFMT. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil. 

  • Maria Corette Pasa, Universidade Federal de Mato Grosso

    Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professora do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. Mato Grosso, Brasil.  

Referências

ABREU, L. V. Avaliação da escala de influência da vegetação no microclima por diferentes espécies arbóreas. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Estadual de Campinas, 2008.

ALBUQUERQUE, M. M.; LOPES, W. G. R. Influência da vegetação em variáveis climáticas: um estudo em bairros da cidade de Teresina, Piauí. Espaço Geográfico em Análise, v. 12, n. 36, p. 38-68, 2016. DOI: 10.5380/raega.v36i0.39719.

ANGEALETTO, F.; COSTA, D. A.; SILVA, C. M.; SANTOS, P. R. Tipologia socioambiental de las ciudades medias de Brasil: aportes para un desarrollo urbano sostenible. Urbe: Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 8, n. 2, p. 272-287, 2016. DOI: 10.1590/2175-3369.008.002.ao08.

APG IV – Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowe ring plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20. 2016.

ARAÚJO, F. P.; SAZIMA, M. OLIVEIRA, P. E. The assembly of plants used as nectar sources by hummingbirds in a Cerrado area of Central Brazil. Plant Systematics and Evolution. Viena, v. 299, n. 6, p. 1119–1133, Jun 2013.

BARROS, M. P.; DE MUSIS, C. R.; HORNICK, C. Parque da cidade mãe Bonifácia, Cuiabá-MT: topofilia e amenização climática em um fragmento de cerrado urbano. REVSBAU, v.5, n.2, p.1-18, 2010.

BEHR, T.V. & NASSER, L.B. A Flora do Planalto Central. Editora Paralelo 15, São Paulo, 184p. 1999.

BIZ, S.; SILVA, L. P.; PEREIRA, M. J.; OLIVEIRA, T. S. Levantamento florístico da mata ciliar urbana do córrego Água Turva em Dois Vizinhos - PR. Revista Brasileira de Arborização Urbana (REVSBAU), v. 10, n. 2, p. 14-26, 2015. DOI: 10.5380/revsbau.v10i2.63139.

BONAN, G. B. Forests and climate change: forcings, feedback, and the climate benefits of forests. Science, v. 320, n. 5882, p. 1444–1449, 2008.

BRASIL. Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. Diário Oficial da União, Brasília, 1965.

CÂNDIDO, J. B.; SOUSA, H. G. DE A.; SOUZA, P. B. Síndromes de dispersão de espécies arbustivo-arbóreas em cerrado sensu stricto, Amazônia legal. Heringeriana, v. 1, n. 1, p. 159–173, 2 abr. 2022.

DACANAL, C.; SILVA, L. H. F.; FERNANDES, S. C. S.; SOARES, P. R. C. Conforto térmico em espaços públicos abertos: aplicação de uma metodologia em cidades do interior paulista. In: Projeto RUROS, Campinas: Universidade de Campinas, 2009.

DACANAL, C.; COSTA, A. S.; RIBEIRO, M. F. Vamos passear na floresta! O conforto térmico em fragmentos florestais urbanos. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 115-132, 2020.

DUARTE, T. E. P. N.; ANGEOLETTO, F.; CORREA SANTOS, J. W. M.; SILVA, F. F.; BOHRER, J. F. C.; MASSAD, L. Reflexões sobre arborização urbana: desafios a serem superados para o incremento da arborização urbana no Brasil. 2024.

FLORA E FUNGA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ > Acesso em; 26 de Out. 2024.

FLORA E FUNGA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 13 set. 2024

FLORA E FUNGA DO BRASIL. Fabaceae. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: . Acesso em: 29 out 2024.

FLORA E FUNGA DO BRASIL – Euphorbiaceae. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: Acesso em: 20 dez. 2024

FONSECA-KRUEL, V. S.; PEIXOTO, A. L. Etnobotânica na Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Rodriguésia, v. 55, n. 85, p. 5-9, 2004.

FOREST CODE WORKING GROUP – SBPC/ABC. The Brazilian Forest Code and science: contributions to the dialogue. Coord. José Antônio Aleixo da Silva. 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2024.v59.03491. Acesso em: 22 nov. 2024.

GIBBS, P. E.; OLIVEIRA, P. E.; BIANCHI, M. B. Postzygotic Control of Selfing in Hymenaea stigonocarpa (Leguminosae‐Caesalpinioideae), a Bat‐Pollinated Tree of the Brazilian Cerrados. International Journal of Plant Sciences. Chicago. v.160, n. 1, p. 72-78, Jan 1999, a Bat‐Pollinated Tree of the Brazilian Cerrados.

GUARIM NETO, G., GUARIM, V. L. M., MACEDO, M. Etnobiologia e Etnoecologia: pessoas & natureza na América Latina. In: Silva, V. A., Almeida, A. L. S., Albuquerque, U. P. (Orgs.) Quintais urbanos e rurais em Mato Grosso: socializando espaços, conservando a diversidade de plantas., 1ª ed. Recife: Nuppea, 2010. 321-328p.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br. Acesso em: 24 ago. 2018.

ISHARA, K. L.; MAIMONI-RODELLA, R. C. S. Pollination and dispersal systems in a Cerrado remnant (Brazilian Savanna) in Southeastern Brazil. Brazilian Archives of Biology and Technology. Curitiba, v. 54, n. 3, p. 629-642, Jun 2011.

KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. Conservation of the Brazilian Cerrado. Conservation Biology, v. 19, n. 3, p. 707–713, 2005.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, vol. 3, 5ª edição. Nova Odessa - SP: Instituto Plantarum, 2008.

MAITELLI, G. T. Balanço de energia estimado para Cuiabá: uma abordagem de balanço de energia pelo método de Bowen. Fórum Patrimônio: Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável, v. 3, p. 1-24, 2010.

MARTINE, G.; ALVES, J. E. D. Economia, sociedade e meio ambiente no século 21: tripé ou trilema da sustentabilidade? 2024.

MINAYO M.C.D.S.; & GUERRIERO I.C.Z. Reflexividade como éthos da pesquisa qualitativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 1103-1112, 2014.

MITTERMEIER, R. A.; MYERS, N.; MITTERMEIER, C. G. Hotspots: Earth's biologically richest and most endangered terrestrial ecoregions. Washington, DC: CEMEX, 1999.

MORAIS, S. M. F.; PEREIRA, A. A.; OLIVEIRA, U. F. Inventário florestal urbano do município de Botelhos, MG. 2024. Ciências Florestais, 34 (1) e 71628. 2024. https://doi.org/10.5902/1980509871628 2024.

NOVAIS, J. W. Z.; MARQUES, A. C. A.; SIQUEIRA, A. Y.; REIS, N. M. S.; JOAQUIM, T. de O; PEREIRA, S. P. Índice de Temperatura e Umidade (ITU) visando o conforto térmico para o Parque Mãe Bonifácia, Cuiabá-MT. Ensaios e Ciência, v. 22, n. 2, p. 69-75, 2018. DOI: 10.17921/1415-6938.2018v22n2p69-75.

OLIVEIRA, P. E.; GIBBS, P. E.; BARBOSA, A. A. Moth pollination of woody species in the Cerrados of Central Brazil: a case of so much owed to so few? Plant Systematics and Evolution. Viena, v. 245, p. 41-54, Fev 2004.

PASA, M. C.; HANAZAKI, N.; SILVA, O. M. D.; AGOSTINHO, A.; ZANK, S.; & ESTEVES, M. I.P.N. Medicinal plants in cultures of Afro-descendant communities in Brazil, Europe and África. Acta Botânica Brasílica, v. 33, p. 340-349, 2019. doi: 10.1590/0102-33062019abb0163

PASA, M. C.; LENCI, L. H. V.; PEREIRA, N. D. V.; MIRANDA, R. A. de O. Vegetação e microclima em área urbana. Cuiabá, Mato Grosso - Brasil. Advances in Forestry Science, v. 7, n. 3, p. 1089–1099, 2020.

PASA, M. C. Medicina Tradicional na Amazônia Brasileira. 1. ed. Cuiabá: EdUFMT. 4 MT. E-book. 2021. 162 p. ISBN: 9786555881080.

REFLORA. Herbário Virtual Reflora. Disponível reflora@jbrj.gov.br Acesso em 20.11.2024.

RIBEIRO, J. F.; KUHLMANN, M.; OGATA, R. S.; OLIVEIRA, M. C. DE; VIEIRA, D. L. M.; SAMPAIO, A. B. Guia de plantas do Cerrado para recomposição da vegetação nativa - Embrapa. Brasília, DF: v. 1

SANTOS, L. A. C.; MIRANDA, S.; SILVA NETO, C. M. Fitofisionomias do Cerrado: definições e tendências. Élisée - Revista de Geografia da Universidade Estadual de Goiás, v. 9, n. 2, e922022, jul./dez. 2020.

SILVA JUNIOR, M.C. 100 árvores do cerrado: Guia de campo. Brasília - DF: Rede de Sementes do Cerrado, 2005.

SOUZA, V. C.; FLORES, T. B.; COLLETTA, G. D.; COELHO, R. L. G. Guia das Plantas do Cerrado. Taxon Brasil Editora. Piracicaba, SP. p. 584. ISBN: 978 – 85 – 54312 – 00 -8. 2018.

STRASSBURG, B. B. N.; LATAWIEC, A. E.; MILES, L. Moment of truth for the Cerrado hotspot. Nature Ecology & Evolution, v. 1, p. 99–100, 2017.

TOMAS, W. M.; BAGGIO, R.; BERLINCK, C. N. Challenges in the conservation and management of legal reserve areas in Brazilian grassland and savanna ecosystems in the face of global climate change. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 59, e03491, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2024.v59.03491.

Downloads

Publicado

2025-03-01

Edição

Seção

Artigos - Etnobotânica

Como Citar

AS ILHAS DE VEGETAÇÃO URBANA EM CUIABÁ, MT: aspectos botânicos e ecológicos de espécies arbórea- arbustiva. FLOVET - Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica, [S. l.], v. 3, n. 14, p. e2025004, 2025. DOI: 10.59621/flovet.2025.v3.n14.e2025004. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/19056. Acesso em: 2 abr. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 > >>