EXPLORAÇÃO E VALORAÇÃO DE DEZ ESPÉCIES FLORESTAIS NO MARAJÓ, ENTRE 2006 - 2016

Autores

  • Ádria Giselle dos Santos Lira liraadria971@gmail.com
  • Ana Kaira Canté da Conceição anakaira17@gmail.com
  • Luana Marise Rocha de Sousa luanamariise.stm@gmail.com
  • Mayra Piloni Maestri mayrapmaestri@hotmail.com
  • Marina Gabriela Cardoso de Aquino marinaacardosoo@gmail.com

Resumo

O Brasil detém a maior reserva florestal do mundo, composta em grande parte pela floresta Amazônica, que é responsável por abrigar uma diversidade florística imensurável e fornecer produtos florestais madeireiros e não madeireiros de grande interesse econômico.  No entanto, o atual plano de manejo florestal exercido na Amazônia é realizado de forma intensa, seletiva e não sustentável, reduzindo o desempenho das funções ecológicas e potenciais da floresta nativa, podendo assim, limitar o seu estoque madeireiro. Desta forma, o presente estudo buscou identificar e quantificar as dez espécies florestais legalmente mais exploradas em tora, no período de 2006 a 2016, na região do Marajó, através do levantamento de dados emitido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS, por meio do relatório de “Extração e Movimentação de Toras de Madeira Nativa por Município’’. O volume de madeira em tora extraído no período estudado foi de 5.163.826,9423 m³, resultando no valor bruto de R$ 254.103,18. O município com maior destaque na produção madeireira foi Portel, com 3.615.710,68 m³ explorados. Sendo a espécie Manilkara huberi (Ducke) Chevalier a mais explorada, apresentando rendimento volumétrico de 610.747,0696 m³, correspondendo a 19% do total retirado na região. Dentre as espécies liberadas, a Dipteryx odorata (Aubl.) Willd foi a que apresentou maior valoração, R$ 172,13/m³. Nota-se, portanto, que a alta demanda do mercado consumidor aliada a extração desenfreada dos recursos naturais tem culminado com a redução do valor comercial de florestas nativas, devido ao manejo florestal adotado na Amazônia, que não atende as especificações de incremento, distribuição e dinâmica por espécie, revelando a necessidade de se estipular uma intensidade de exploração e diâmetro mínimo de corte que possa contemplar a viabilidade econômica e sustentável das florestas.

Biografia do Autor

Ádria Giselle dos Santos Lira

Universidade Federal do Oeste do Pará, Curso de Engenharia Florestal, Santarém, Pará, PA, CEP 68040-470

Ana Kaira Canté da Conceição

Universidade Federal do Oeste do Pará, Curso de Engenharia Florestal, Santarém, Pará, PA, CEP 68040-470

Luana Marise Rocha de Sousa

Universidade Federal do Oeste do Pará, Curso de Engenharia Florestal, Santarém, Pará, PA, CEP 68040-470

Mayra Piloni Maestri

Universidade Federal Rural da Amazônia, Doutorado em Ciências Florestais, Belém, Pará, PA, CEP 66077-830

Marina Gabriela Cardoso de Aquino

Universidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado em Engenharia Florestal, Lages, Santa Catarina, SC, CEP 88520-000.

*Autor para correspondência: Email: marinaacardosoo@gmail.comTelefone: (93) 99225-1551 Endereço: Rua Alberto Pasqualini, 515, Lages-SC

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Publicado

2020-04-02