A avaliação não destrutiva da madeira reúne técnicas que inferem informações importantes para caracterização tecnológica da madeira. São métodos de menor custo e mais rápidos, além de preservarem o material, representando uma opção econômica e prática. Desta forma, o objetivo deste estudo foi caracterizar a madeira de cumaru (Dipteryx odotara), de ampla comercialização no país, utilizando os métodos não destrutivos de ultrassom, ondas de tensão e colorimetria, visando a ampliação da utilização destas técnicas na caracterização tecnológica da madeira e a melhor empregabilidade desta espécie pela indústria madeireira. A madeira foi obtida no Laboratório de produtos Florestais (Serviço Florestal Brasileiro - Brasília - DF) e 10 corpos de prova de dimensões 2 cm x 2cm x 10cm (largura, espessura e comprimento) foram utilizados para determinar a densidade, enquanto 10 corpos de prova de 2cm x 2cm x 30cm foram utilizados nos ensaios não destrutivos de ultrassom, ondas de tensão (por meio de um equipamento de stress wave) e colorimetria (realizado utilizando os parâmetros colorimétricos do sistema CIELAB 1976). Os resultados obtidos foram que a madeira de cumaru apresenta densidade alta de 1,08 g/cm³, módulo de elasticidade dinâmico de 26.242 MPa utilizando o ultrassom e 18.359 MPa utilizando o stress wave timer. A madeira foi classificada como de cor amarela-amarronzada e apresentou a face radial praticamente indistinta estatisticamente da face tangencial.
Biografia do Autor
Marcella Hermida de Paula
Mestre em Ciências Florestais, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília, Brasil.
Robert Rossi Silva de Mesquita
Mestre em Ciências Florestais, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília, Brasil.
Joaquim Carlos Gonçalez
Dr. Professor do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília, Brasil.
Edilene Silva Ribeiro
Professora do Departamento de Agronomia, Instituto Federal de Mato Grosso, Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, Brasil. Doutoranda em Ciências Florestais, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília, Brasil.
Roberta Santos Souza
Doutoranda em Ciências Florestais, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasília, Brasil.