USO DE ESPECIES PRODUTORAS DE TANINOS PARA CURTIMENTO DE PELES NO NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Isabelle Maria Jacqueline Meunier imjmeunier@gmail.com
  • Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira rinaldo@dcfl.ufrpe.br

Resumo

Este trabalho sintetiza informações sobre sistemas de curtimento de peles no Nordeste do Brasil, identificando origem dos tanantes empregados e formas de usos da vegetação nativa da caatinga para essa finalidade. Dados secundários foram obtidos da literatura especializada e informações de campo originaram-se de observações e entrevistas em curtumes tradicionais e empresariais em Pernambuco e Bahia. A produção dos tanantes vegetais dá-se em dois ambientes distintos: o da silvicultura moderna e tecnificada, representada por empresas do sul do Brasil, fornecedoras de taninos industrializados, e o do extrativismo local, de baixa tecnologia, descapitalizado e com baixa produtividade. Diferentes espécies conhecidas popularmente como angicos e juremas são apontadas com produtoras de taninos mas esse produto é apenas empregado no curtimento tradicional, não raro associado ao corte clandestino de madeira. Curtumes empresariais utilizam principalmente cromo para curtimento, enquanto o produto de origem vegetal industrializado é empregado no recurtimento. Não se encontraram parâmetros técnicos e econômicos que possibilitem a regulamentação da exploração e o fomento da produção sustentável do tanino como produto não madeireiro da Caatinga.

Biografia do Autor

Isabelle Maria Jacqueline Meunier

Professora do Departamento de Ciência Florestal – UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco

Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira

UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco

Downloads