ASPECTOS FENOLÓGICOS DE CINCO ESPÉCIES LENHOSAS DA FAMÍLIA FABACEAE OCORRENTES NO SEMIÁRIDO, PIAUÍ, BRASIL

Autores

  • Isnaiane Maria de Azevedo de Sousa Lima isnaiane.lima@ufrpe.br
  • Fábio José Vieira fjvieira@pcs.uespi.br

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar os padrões fenológicos de cinco espécies lenhosas da família Fabaceae ocorrentes no semiárido brasileiro, com a finalidade de contribuir para a melhor compreensão da fenologia das espécies estudadas, como também gerar subsídios que possam promover estratégias de conservação para a recuperação de áreas degradadas no semiárido. O monitoramento fenológico ocorreu de agosto/2020 a junho/2022, no qual foram selecionadas espécies que apresentam grande importância para a comunidade local: Amburana cearensis (Alemão) A.C.SM, Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenam, Mimosa tenuiflora (Willd). Poir, Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson, Poincianella bracteosa (Tul) L.P.Queiroz, onde cada espécie foi representada por 10 indivíduos, totalizando 50 indivíduos monitorados. Em cada planta foi observada as fenofases vegetativas (brotamento foliar e folhas maduras) e reprodutivas (floração e frutificação), para manter o controle das espécies observadas foram colocadas uma pequena placa de alumínio com seu nome taxonômico e número de identificação. Todas as informações foram anotadas em uma caderneta de campo. Para a análise de dados a pesquisa seguiu o método proposto por Fournier, em que apresenta uma escala de cinco categorias (0 a 4) com intervalos de 25%. Os resultados indicaram que todas as espécies da família Fabaceae manifestaram fenofases vegetativas no início do período chuvoso, seguidas por florescimento e frutificação, no entanto, a A. cearensis floresceu na estação seca do local de estudo. A M. tenuiflora, foi a espécie com maior desenvolvimento fenológico durante o período de monitoramento, com picos de intensidade de brotamento foliar de 95%, com florescimento de aproximadamente 95% em março/2021 e abril/2022 com 100% de magnitude e também com picos altos de frutificação. Os representantes das espécies apresentaram curto tempo de florescimento, com maior período de frutificação, tendo a A. colubrina com ausência de frutificação em 2022. As espécies possuem padrões subanuais, ou seja, com duas ou mais fenofases durante o ano, separados por período de duração variável. Contudo, esse estudo reforça a necessidade de mais estudo que visem a compreensão das espécies estudadas. Os resultados dessa pesquisa fornecem informações importantes para a região, podendo contribuir para recuperação de áreas degradadas, como também para auxiliar em levantamentos florísticos e disponibilidade dos recursos florais para a alimentação da fauna.

Biografia do Autor

Isnaiane Maria de Azevedo de Sousa Lima

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade acadêmica Serra Talhada, Av. Gregório Ferraz Nogueira, S/N – José Tomé de Sousa Ramos, 56909-535, Cx. Postal 063, Pernambuco, PE, Brasil

Fábio José Vieira

Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Piauí, Professor da Universidade Estadual do Piauí, Campus Prof. Barros Araújo, Bairro Altamira – BR – 316, Km 299, 64600000, Picos, PI, Brasil.

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Publicado

2024-06-19