CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE QUEIMA NORMALIZADA - NBR E COBERTURA DE COPA NO PARQUE NACIONAL DE CHAPADA DOS GUIMARÃES – MT

Autores

  • Josamar Gomes da Silva Junior josamargomes@yahoo.com.br
  • Antonio Carlos Batista batistaufpr@gmail.com
  • Alexandre França Tetto tetto@ufpr.br
  • Marcos Giongo mgiongo@gmail.com

Resumo

Existem várias ferramentas disponíveis para detectar e distinguir diferentes formas de uso do espaço, bem como mudanças ocorridas nele, fornecendo informações valiosas. O objetivo do presente trabalho foi verificar a correlação entre as Índice de Queimada Normalizada (NBR) e a Cobertura de Copa (CC).  Desse modo, é possível entender se a CC pode ser considerada uma vulnerabilidade nos zoneamentos de riscos de incêndios florestais. A hipótese é que o NBR possa ser explicado pela CC. A área de estudo foi o Parque nacional de Chapada dos Guimarães (PNCG), localizado no estado do Mato Grosso, entre os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães. O NBR e a CC foram obtidos da plataforma Google Earth Engine (GEE), analisando-se um período de 20 anos, de 2000 a 2019 nos meses de julho a outubro. Foi aplicado o Mosaico Pixelar disponibilizado pela mesma plataforma. Esse processo caracteriza-se como um recurso da plataforma que faz uma varredura no conjunto de dados rasters para um período estabelecido. A extração dos pixels consistiu em obter os valores dos pixels das variáveis, usando-se uma rede de captura, denominada “fishnet” com 300 linhas e 300 colunas. Os dados faltantes foram preenchidos pela técnica de Imputação Múltipla. Os Outliers foram suavizados usando método BACON. O teste de normalidade usado foi de Kolmogorov-Smirnov e a correlação aplicada foi a de Spearman. A resposta espectral do índice pode ter sido influenciada pela senescência foliar ocorrida em espécies do bioma Cerrado nos períodos críticos de estiagem utilizados nesse estudo. Áreas de encosta, próxima a cursos d’água e de declivosas tiveram coberturas de copas com maior percentual. Foi obtida uma correlação positiva de r = 0,77 entre NBR e CC), podendo ser explicada pela presença de vegetação fotossinteticamente ativa principalmente em formações florestais de mata ripária. Essa relação leva em consideração fatores topográficos, proximidades de áreas úmidas e espécies vegetais Caducifólias do bioma cerrado onde o parque está inserido. Assim, a CC pode ser considerada uma variável de vulnerabilidade que pode ser usada no zoneamento de risco de incêndios florestais do PNCG.

Biografia do Autor

  • Josamar Gomes da Silva Junior

    Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil, e-mail: josamargomes@yahoo.com.br. Correspondente: Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, Laboratório de Incêndios Florestais, Jardim Botânico, Curitiba - PR, 80210-170.

  • Antonio Carlos Batista

    Professor Doutor, Titular (DE), da Universidade Federal do Paraná - programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Campus Curitiba- PR, (UFPR/DECIF)

  • Alexandre França Tetto

    Professor Doutor, Associado (DE), da Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Campus Curitiba- PR, (UFPR/DECIF),

  • Marcos Giongo

    Professor Doutor, Associado (DE), da Universidade Federal do Tocantins, decurso de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, Campus Palmas - TO, (UFT/CEMAF)

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Publicado

2023-10-04