ANÉIS DE CRESCIMENTO EM ESCAMAS E OTÓLITOS DO Salminus Brasiliensis (CUVIER, 1816) (PISCES: CHARACIFORMES), NA BACIA DO RIO CUIABÁ, MATO GROSSO, BRASIL

Autores

  • Evelyn Barzotto evebarzotto@gmail.com
  • Tatiane Arnhold taty.arnhold@gmail.com
  • Vinícius B. Correa vinicius_bc.3@hotmail.com
  • Lúcia Mateus lucia.mateus@ufmt.br

Resumo

Escolher a estrutura mais adequada para estimar a idade e os parâmetros de crescimento em peixes é muito importante para evitar vieses nas inferências biológicas, ecológicas e sobre indicadores do status do estoque, que poderiam levar a estratégias equivocadas ao gerenciar recursos pesqueiros ou tomada de decisão em conservação. Neste estudo, nós comparamos duas estruturas duras, escamas e otólitos, e avaliamos qual é a melhor estrutura para a contagem de anéis de crescimento e estimativa da idade do dourado (Salminus brasiliensis) na bacia do rio Cuiabá. As amostragens foram feitas, mensalmente, entre dezembro de 2013 e agosto de 2014. As contagens dos anéis etários foram realizadas por dois leitores independentes (principal e secundário). A concordância entre diferentes leitores para cada estrutura foi avaliada e as leituras do leitor principal foram usadas avaliar a concordância na contagem entre as estruturas. Escamas e otólitos apresentaram anéis visíveis, com zona opaca e translúcidas alternadas, tornando possível a contagem dos anéis. No entanto, as marcas nos otólitos foram mais visíveis, apresentando maior facilidade na identificação dos anéis e concordância na contagem entre as leituras. Otólitos e escamas não estimam idades médias iguais. Adicionalmente, as escamas tendem a superestimar a idade dos indivíduos mais jovens e subestimar a idade dos mais velhos. Embora as escamas tenham sido muito utilizadas como uma técnica alternativa não letal para leitura de anéis e estimativa de idade nos estudos de crescimento em peixes na América do Sul, os otólitos se mostraram mais vantajosos, para o dourado, por apresentarem anéis mais nítidos.

Biografia do Autor

Evelyn Barzotto

Doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade – Universidade Federal de Mato Grosso.

Tatiane Arnhold

Doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade – Universidade Federal de Mato Grosso.

Vinícius B. Correa

Graduado em Ciências Biológicas – Universidade Federal de Mato Grosso.

Lúcia Mateus

Doutora em Zoologia – Unesp/Rio Claro. Professora Titular do Instituto de Biociências, Universidade Federal de Mato Grosso, Laboratório de Ecologia e Manejo de Recursos Pesqueiros (LEMARPE).

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Publicado

2023-10-04