ANÁLISE DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS FOCOS DE CALOR UTILIZANDO A FUNÇÃO K DE RIPLEY NO PARQUE NACIONAL DE CHAPADA DOS GUIMARÃES – MT

Autores

  • Josamar Gomes da Silva Junior josamargomes@yahoo.com.br
  • Antonio Carlos Batista batistaufpr@gmail.com
  • Alexandre França Tetto tetto@ufpr.br
  • Marcos Giongo mgiongo@gmail.com

Resumo

Os incêndios florestais, podem causar prejuízos diretos e indiretos consideráveis. Atualmente, a análise dos padrões de distribuição espacial é amplamente utilizada como uma importante ferramenta no estudo dos recursos ambientais. O objetivo do presente trabalho é avaliar o padrão espacial dos focos de calor durante 20 anos nos meses mais críticos e entender como os fatores relacionados ao perigo de incêndios podem estar ligados à espacialidade. A hipótese é que exista algum padrão de distribuição espacial dos focos de calor no Parque nacional de Chapada dos Guimarães – PNCG. A área de estudo foi o PNCG. Os focos de calor foram obtidos do site do INPE considerando 5 km de área de influência entre os anos 2000 e 2019. A estatística usada foi a função K de Ripley que é uma análise de segunda ordem reduzida.  Foram encontrados 5658 focos de calor para o período estudado. Os focos de calor tiveram padrões agregados até a distância “s” aproximada de 3000 metros e, a partir desse ponto a hipótese nula foi aceita para Completa Aleatoriedade Espacial - CAE. Ambientes heterogêneos tendem a apresentar níveis mais elevados de agregação que podem estar ligados a disponibilidade de recursos, principalmente nutrientes e água no solo. A umidade presente no material combustível tem um impacto significativo na sua inflamabilidade e é um reflexo das condições climáticas e meteorológicas locais. O padrão agregado foi observado por outros autores em árvores com diâmetro menores. A influência da umidade nos materiais combustíveis é mais perceptível em combustíveis perigosos de pequenas dimensões. O fato de as árvores heterogêneas estarem ligadas ao padrão agregado inicial dos focos de calor sugere que há uma relação entre as características da vegetação e a ocorrência de incêndios florestais. A espessura do material combustível é um fator importante na propagação do fogo, e entender como o padrão espacial e as características da vegetação afetam a ocorrência dos incêndios florestais no parque pode ser útil para o manejo e conservação da área. Entender os padrões espaciais dos incêndios florestais é fundamental para a prevenção e controle dos incêndios florestais no PNCG.

Biografia do Autor

Josamar Gomes da Silva Junior

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil, e-mail: josamargomes@yahoo.com.br. Correspondente: Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, Laboratório de Incêndios Florestais, Jardim Botânico, Curitiba - PR, 80210-170.

Antonio Carlos Batista

Professor Doutor, Titular (DE), da Universidade Federal do Paraná - Faculdade de Engenharia Florestal, Campus Curitiba- PR, (UFPR/DECIF) – Área: Incêndios Florestais, e-mail: batistaufpr@gmail.com

Alexandre França Tetto

Professor Doutor, Associado (DE), da Universidade Federal do Paraná - Faculdade de Engenharia Florestal, Campus Curitiba- PR, (UFPR/DECIF) – Área: Incêndios Florestais, e-mail: tetto@ufpr.br

Marcos Giongo

Professor Doutor, Associado (DE), da Universidade Federal do Tocantins, Faculdade de Engenharia Florestal, Campus Curitiba- PR, (UFT/CEMAF) – Área: Incêndios Florestais, e-mail: mgiongo@gmail.com

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Publicado

2023-07-09