DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DO USO E COBERTURA DO SOLO E DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DO CABO DE SANTO AGOSTINHO-PE
Resumo
O objetivo desta pesquisa é analisar a dinâmica do uso e ocupação do solo e da fragmentação florestal do município do Cabo de Santo Agostinho entre 1985 e 2019. Os mapas de uso e cobertura do solo utilizados foram referentes aos anos 1985, 1995, 2005, 2015 e 2019, gerados e fornecidos gratuitamente pelo MapBiomas. O município do Cabo apresentou doze classes de uso e ocupação do solo nos cinco intervalos estudados. Analisando as métricas de classificação, para a classe floresta houve redução de 4,62% de 1985 a 2005, mas aumentou 3,29% de 2005 a 2019. As classes “pastagem, canavial, outras lavouras temporárias e mosaico de agricultura e pastagem” juntas tiveram aumento de 0,41% de 1985 a 2005 e redução de 7,19% de 2005 a 2019, sugerindo que as classes agrícolas contribuíram para o crescimento das florestas. Fragmentos muito pequenos representam as principais perdas na paisagem, reduzindo 13,39% em área e 808 em número de fragmentos. Por outro lado, os fragmentos pequenos e médios apresentaram aumento de 4,35% e 7,13%, respectivamente. De maneira geral, entende-se que a falta de compromisso com a conservação da Mata Atlântica entre 1985 e 2005 aumentou o grau de fragmentação, assim como as intervenções legislativas e compensatórias contribuíram para reduzi-lo entre 2005 e 2019.