CARACTERIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS PERTENCENTES À FAMÍLIA LAMIACEAE BASEADA EM DADOS BIBLIOGRÁFICOS

Autores

  • Taynara de Araújo Jesuíno Lopes taykal1509@gmail.com
  • Welinton Gustavo Moreira de Sousa wgustavo99@hotmail.com
  • Maria Carolina de Abreu mariacarolinabreu@ufpi.edu.br

Resumo

Plantas alimentícias não convencionais (PANC) são todas as plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis, mas que não estão incluídas habitualmente na dieta humana. Delimitam-se aqui as plantas nativas ou exóticas, silvestres ou cultivadas, que frequentemente têm seu potencial alimentício desconhecido, subutilizado ou explorado em áreas isoladas, como nas comunidades tradicionais. A família Lamiaceae é composta por cerca de 7200 espécies e 240 gêneros e é conhecida pela longa história de uso em especiarias culinárias e na medicina popular. No entanto algumas espécies de Lamiaceae não têm o seu potencial alimentício devidamente explorado. Afirmações científica que revelem as propriedades funcionais e o perfil nutricional de plantas alimentícias não convencionais despendem demasiada importância no estabelecimento e na difusão de novos gêneros alimentícios e na conservação ambiental e cultural de diversos povos. Assim, esse trabalho objetivou realizar um levantamento bibliográfico acerca de espécies da família Lamiaceae que possuem potencial na alimentação humana, no intuito de caracteriza-las química e biologicamente, destacando os seus potenciais nutritivos e terapêuticos. Foram levantados 193 manuscritos científicos dos quais foram selecionados 55, sendo 42 artigos científicos, 7 artigos de revisão, 2 dissertações de mestrado, 2 teses de doutorado e 2 trabalhos de conclusão de curso. Salvia hispanica foi a espécie mais citada quanto ao uso alimentício, seguida de Ocimum gratissimum, Perilla frutescens e Stachys byzantina. Em contraste, Tectona grandis apresentou apenas duas citações. Com relação às suas indicações alimentícias, as PANC estudadas destacaram-se como complemento alimentar, ou seja, como fontes de fibras, mineral e macromoléculas, e como alimento funcional.  As espécies também se mostraram promissoras na indústria nutracêutica/alimentícia e na conservação de alimentos. Tais características confirmam o uso tradicional dessas espécies e ascendem a possibilidade de desenvolvimento de novos fitomedicamentos e suplementos alimentares, ao mesmo tempo que encorajam a inclusão dessas PANC na agricultura familiar e, consequentemente, na dieta da população.

Biografia do Autor

  • Taynara de Araújo Jesuíno Lopes

    Licenciada em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Piauí, campus Senador Helvídio Nunes de Barros.

  • Welinton Gustavo Moreira de Sousa

    Licenciando em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Piauí, campus Senador Helvídio Nunes de Barros

  • Maria Carolina de Abreu

    Professora associada I. Departamento de Biologia, Universidade Federal do Piauí, Campus Universitário Ministro Petronio Portella, bairro Ininga, Teresina - PI, CEP: 64049-550 mariacarolinabreu@ufpi.edu.br

Downloads

Publicado

2021-06-11