DA SEMENTE À PLÂNTULA: FASES INICIAIS DE DIPTERYX ALATA VOGEL (FABACEAE) DIFEREM NA TOLERÂNCIA AO ALAGAMENTO

Autores

  • Juliana Frank Morais frank_morais12@hotmail.com
  • Juliana Bisi de Lima jullianabisi@gmail.com
  • Fernando Henrique Barbosa da Silva fernandon18@gmail.com
  • Patrícia Carla de Oliveira patiranjak@yahoo.com.br

Resumo

O conhecimento sobre tolerância à inundação por plantas é predominantemente baseado em como esta tolerância se manifesta em indivíduos adultos. No entanto, esta habilidade pode diferir entre estágios ontogenéticos nas plantas, o que inclui sementes, o evento da germinação e as plântulas. Investigamos aqui se há tolerância à inundação e qual a sua duração em sementes, frutos (diásporos) e plântulas de Dipteryx alata, com vistas a compreender melhor a biologia e a distribuição desta espécie enquanto fornece informações úteis às atividades de restauração ecológica. Dois períodos de inundação (15 e 30 dias) com seus respectivos controles foram simulados em casa de vegetação, para frutos e plântulas, e em laboratório, para sementes. As sementes não sobreviveram à inundação simulada, enquanto os frutos apresentaram sobrevivência inferior a 11%. As plântulas sobreviveram ao alagamento de 15 dias, não diferindo da sobrevivência observada no controle, ao passo que 30 dias de alagamento lhes impuseram uma mortalidade de 22%. Também se observou um aumento no tempo médio de germinações a partir dos frutos submetidos à maior duração de alagamento, enquanto que o tempo de morte das plântulas submetidas a 30 dias de inundação teve pequena variação, concentrando-se no final do período de monitoramento. Estes resultados ajudam a compreender a distribuição da espécie no Pantanal, concentrada em áreas menos alagáveis, e a recomendar, dependendo do período de plantio e fase do ciclo hidrológico, o uso preferencial de plântulas ao invés de sementes em áreas sujeitas a inundações de pequena intensidade.

Biografia do Autor

  • Juliana Frank Morais

    Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso, mestranda em Botânica pela Universidade de Brasília

  • Juliana Bisi de Lima

    Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso

  • Fernando Henrique Barbosa da Silva

    Doutorando em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, docente na rede estadual de ensino de Mato Grosso

  • Patrícia Carla de Oliveira

    Doutora em Botânica pela Universidade de Brasília, docente na Universidade Federal de Mato Grosso, coordenadora do Laboratório de Sementes Nativas da Universidade Federal de Mato Grosso - <patiranjak@yahoo.com.br>; Av. Fernando Correa da Costa s/n, Instituto de Biociências, cep 78060-900.

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Publicado

2021-06-11