Forma do fuste de eucalipto em diferentes arranjos de plantio e espaçamentos
DOI:
10.34062/afs.v4i3.5073Palavras-chave:
Afilamento, Eucalipto, Sistemas agroflorestaisResumo
Neste trabalho objetivou-se avaliar o efeito do espaçamento e arranjo de plantio na forma do fuste de Eucalyptus. Os dados foram obtidos em um sistema de integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF), numa área experimental implantado pela empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) agrossilvipastoril, localizada no município de Sinop, estado do Mato Grosso. Para este estudo utilizou-se quatro tratamentos: Presença de árvores periféricas na pastagem (T1), área de pastagem totalmente arborizada (T2), Pecuária-floresta (T3) e plantio homogêneo (T4). Os dados foram obtidos por meio da cubagem rigorosa das árvores em cada tratamento, perfazendo um total de 186 árvores aos 51 meses de idade. Para estudar a forma do fuste utilizou-se o modelo de afilamento polinomial proposto por Schöepfer (1966), tendo seu ajuste nos diferentes tratamentos realizado a partir do método dos mínimos quadrados ordinários e sua acurácia avaliada com base em indicadores estatísticos e análise gráfica dos resíduos. Para avaliar se há influência dos tratamentos na forma do fuste das árvores adotou-se o teste de identidade de modelos. Com base nas estatísticas de ajuste e análise gráfica dos resíduos o modelo apresentou-se adequado e pode ser empregado para estimativa dos diâmetros ao longo do fuste das árvores de Eucalyptus em sistema de ILPF. Os resultados do teste de identidade de modelos indicaram que a forma do fuste altera-se de forma significativa entre os tratamentos e uma única equação não deverá ser ajustada para predizer o afilamento para dados globais que contemplem diferentes densidades em sistema ILPF.
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