Como o estresse nutricional do solo limita a restauração na Amazônia?
Respostas fisiológicas, bioquímicas e anatômicas de espécies arbóreas
DOI:
10.34062/afs.v10i4.15163Resumo
A restauração florestal é uma demanda urgente no cenário nacional e global, especialmente na Amazônia devido ao avanço da perda de cobertura florestal. Por outro lado, a limitação nutricional dos solos do bioma é um gargalo para esta prática, tendo em vista uma série de impactos causados pelo estresse às plantas. Diante disso, está revisão buscou compilar os achados sobre os impactos do estresse nutricional para espécies arbóreas, bem como as estratégias utilizadas para reverter este impasse na Amazônia. Por meio da revisão, foi possível observar respostas bioquímicas, fisiológicas e morfológicas em espécies arbóreas. De maneira geral, constatou-se que o estrese nutricional resulta nas alterações de atividades bioquímicas e fisiológicas do vegetal, já que a maioria dos nutrientes constituem funções relacionadas à função, estrutura e/ou composição de elementos celulares. Para as características morfológicas, decréscimo em altura, biomassa e área foliar são os prejuízos mais recorrentes. Em relação aos métodos de restauração utilizados para minimizar o estresse nutricional, além de técnicas convencionais como a adubação fosfatada e a calagem, observou-se que a comunidade científica tem investido em estratégias orgânicas, baseadas principalmente no reaproveitamento de resíduos. Ademais, o uso de bioestimulantes, do biochar e da biofortificação são cada vez mais usuais e promissores. Nesse contexto, recomenda-se incisivamente o fomento de pesquisas no bioma, visando diminuir as lacunas existentes.