Dinâmica entre espécies naturais e Ligustrum lucidum W.T. Aiton em fragmento de Floresta Atlântica aluvial

Autores

DOI:

10.34062/afs.v9i1.13075

Resumo

A introdução de espécies arbóreas exóticas invasoras é uma ameaça aos ecossistemas naturais. Neste sentido, o presente estudo teve por objetivo avaliar a dinâmica e o crescimento das espécies arbóreas nativas em razão da coexistência com L. lucidum, em fragmento urbano de Floresta Ombrófila Mista Aluvial (FOMA), no município de Guarapuava, Paraná, Brasil. Para isso, foi avaliada a dinâmica dos indivíduos arbóreos entre os anos de 2013 e 2018. Em relação à florística, nas duas avaliações foram registradas 14 famílias, 15 gêneros e 15 espécies, com 727 indivíduos em 2013 e 634 indivíduos em 2018. As taxas de ingresso e mortalidade foram de 6,74% e 19,53%. O Incremento Periódico (IP) foi de 8,90 cm, sendo as espécies que apresentaram maiores incrementos: Gymnanthes klotzschiana (4,13 cm) e L. lucidum (3,93 cm). O Incremento Periódico Anual (IPA) foi de 1,75 cm. Avaliando a probabilidade de transição diamétrica, considerando todos os indivíduos das espécies avaliadas, a taxa de probabilidade de permanência dos indivíduos na classe de menor DAP (5 cm) foi de 60%, sendo a probabilidade destes indivíduos migrarem para a próxima classe de 20%. Quanto aos indivíduos de L. lucidum, foi verificada que a transição dos indivíduos não ocorre nas classes superiores a 35 cm, onde a taxa de mortalidade é zero. A espécie L. lucidum apresenta elevada presença no ambiente, indicando o poder de adaptação da espécie exótica invasora neste fragmento de FOMA.

 

Biografia do Autor

Richeliel Albert Rodrigues Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Possui Técnico em Agropecuária, Técnico em Comércio Exterior, Graduação em Engenharia Florestal e Mestrado em Ciências Florestais (2007-2017) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Participou de diversos projetos de pesquisa e extensão. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: genética de populações, modelagem de nicho, manejo de florestas nativas, recuperação de áreas degradadas e biodiversidade. É membro do grupo de pesquisa: "Inventário, Dinâmica e Fixação de Carbono em Ecossistemas Florestais".

Beatriz Cristina Pedroso , Universidade Estadual do Centro-Oeste

Graduada em Ciências Biológicas Bacharelado pela Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO, (2019). Mestranda em Ciências Florestais (UNICENTRO) e cursando licenciatura em Ciências Biológicas na UNICENTRO. Possui experiência em pesquisas relacionadas nas áreas de Botânica com ênfase em Manejo Florestal de Nativas.

Joelmir Augustinho Mazon, Centro Universitário UniGuairacá

Graduado em Ciências Ambientais pela Faculdade Novo Ateneu de Guarapuava - FG (2011), Mestre e Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO. Atua como Professor do Departamento de Botânica, no Curso de Ciências Biológicas (Centro Universitário UniGuairacá). Possui experiência em pesquisas em áreas como Fitossociologia e Ecologia Florestal.

Luciano Farinha Watzlawick, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado em Sensoriamento Remoto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2003). Atualmente é bolsista de pós-doutorado da Universidade Federal de Santa Maria e professor associado a da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Manejo Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: floresta com araucária, floresta ombrófila mista, sensoriamento remoto, biomassa e fitossociologia.

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Publicado

2022-04-05