Padrões de distribuição espacial da regeneração natural de Mimosa scabrella e Ocotea puberula em áreas sob restauração passiva no planalto sul do Brasil
DOI:
10.34062/afs.v9i1.12997Resumo
A avaliação dos padrões espaciais de espécies nativas em áreas sob restauração é importante para compreensão da ecologia populacional e da influência da degradação sobre a distribuição das espécies. O objetivo do estudo foi analisar os padrões de distribuição espacial da regeneração natural de Mimosa scabrella e Ocotea puberula em áreas sob restauração passiva pós-colheita de Pinus taeda em diferentes idades. A regeneração natural foi contabilizada em 16 parcelas, nas idades de quatro e 10 anos de restauração. Foram calculadas a abundância, densidade e frequência absoluta. Os padrões de distribuição espacial das espécies foram obtidos a partir dos índices de Payandeh, Hazen e Morisita. Os resultados obtidos para cada índice foram comparados qualitativamente para verificar distinções em função dos índices testados e da idade de restauração. A densidade de regenerantes foi submetida ao teste de Kruskal-Wallis (p<0,05). Para densidade, não se obteve diferenças entre as idades de restauração, para ambas as espécies. M. scabrella apresentou distribuição espacial agregada aos quatro anos e aleatória aos 10 anos de restauração. O. puberula apresentou o padrão agregado em ambas as idades. Os índices apresentaram a mesma tendência de distribuição para as espécies, variando apenas na nomenclatura utilizada. A variação de densidade foi o principal aspecto que contribuiu para os diferentes padrões observados para as espécies. Ambas as espécies apresentam boa capacidade de regeneração em áreas pós-colheita de P. taeda, apresentando respostas distintas quanto ao status de distribuição espacial em função da idade de restauração.