Deterioração da madeira de Pityrocarpa moniliformis por macrofungos causadores de podridão branca

Autores

  • Poliana Coqueiro Dias Araujo poliana.coqueiro@ufersa.edu.br
    Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Françóyse Dávilla de Souza Silva francoysedavilla@gmail.com
  • Elen Raquel Ferreira Maciel elen.raquel9@gmail.com
  • Vinícius Gomes de Castro vinicius.castro@ufersa.edu.br

DOI:

10.34062/afs.v8i4.12892

Resumo

As madeiras, sejam elas coníferas ou folhosas, possuem suas próprias resistências naturais diante da ação de microrganismos xilófagos que interferem nas propriedades físicas, químicas e biológicas. A Caatinga é um bioma rico em diversidade de espécies, contudo, não estão imunes a ação dos agentes deterioradores. Em razão disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a resistência natural da madeira de Pityrocarpa moniliformis (Catanduva), espécie nativa da Caatinga, a fim de analisar o ataque ocasionado pelos fungos Ganoderma sp. e Daldinia sp., causadores da podridão branca. Os corpos de prova foram submetidos a ensaio de deterioração em laboratório, permanecendo em câmara de refrigeração, tipo B.O.D, a temperatura de 28°C durante 18 semanas após inoculados. Os valores de perda de massa da madeira de Catanduva após o ensaio, para ambos os fungos, foram superiores que os observados para a madeira de pinus. Contudo, ficou abaixo do valor médio de 10%, que a classifica como uma madeira de alta resistência à podridão branca. A resistência pode estar relacionada à alta densidade da madeira resultante do crescimento lento da espécie. Após avaliação do teor de solubilidade em NaOH 1%, pode-se observar a diferença do mecanismo de ataque dos fungos. O ataque dos fungos Ganoderma sp. resultou num aumento de solubilidade que indicou a degradação dos polissacarídeos, enquanto o ataque de Daldinia sp. não afetou o teor de solubilidade provavelmente por atacar inicialmente a lignina das paredes celulares.

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Publicado

2021-12-16