Economia da habitação em madeira no Brasil: cenários e crises de 2013 a 2022
DOI:
10.34062/afs.v9i1.11713Resumo
O setor de habitação em madeira possui muitas características e é essencial para as cadeias florestal e da construção civil. No Brasil, a economia relacionada à habitação em madeira é ainda um tópico inédito. Assim, o artigo teve como objetivo estimar cenários para delimitar o volume anual desse setor. Três anos foram estudados a partir dos raros dados disponíveis na literatura. A partir desses resultados nacionais, projeções para os anos seguintes foram desenvolvidas. O estudo de múltiplos casos compôs a metodologia baseada na literatura. Como resultado, o setor suportou diferentes instabilidades econômicas internas e externas, cujos fatores associados compilaram crises políticas e sanitárias, especialmente, com influências negativas. A economia brasileira da habitação em madeira alcançou uma média de 500 milhões de dólares em 2014, sendo reduzido à metade em 2015 devido à crise governamental marcada pelo impedimento da presidente brasileira. De 2016 a 2019, pequenas melhoras foram verificadas para esse setor. Em 2020, esse cenário favorável foi estagnado pela pandemia global da Covid-19. Após 2021, uma recuperação setorial é prevista baseada nas expectativas positivas sobre a economia brasileira. O período de dois anos de impedimento presidencial doméstico foi mais economicamente catastrófico do que o atual triênio de pandemia com implicações globais. A partir de nossas previsões econômicas, foi possível atestar que o setor brasileiro de casas de madeira é economicamente perceptível.