IMIGRAÇÃO, TRABALHO E LUTA NA AMAZÔNIA

Autores

  • Viviane Gonçalves da Silva Costa Doutoranda em História, PPGhis, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
  • Francieli Aparecida Marinato Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
  • Rhaissa Marques Botelho Lobo Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
  • Luciana Coelho Gama Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT

Palavras-chave:

IMIGRAÇÃO, TRABALHO E AMAZÔNIA

Resumo

O momento atual é crucial para aprofundarmos o conhecimento sobre a Amazônia e refletirmos sobre o seu processo histórico através das muitas concepções teóricas à nossa disposição. Como pensá-la de outro modo em história? Fazendo isso, nós fazemos história. Entre outras questões, dos estudos culturais é possível dar o enfoque aos inúmeros povos, etnias e as identidades ali engendradas. É preciso também mencionar os estudos sociais e econômicos que abarcam a expansão das frentes pioneiras, os processos migratórios, as formas de exploração sob a égide e inserção do capitalismo predatório e rudimentar... O presente e o futuro requerem para a Amazônia estudos históricos do tempo presente, da história do clima, da história ambiental.Ai! Eis aqui o que foi escrito e proposto no dossiê: Povos e Cultura na região Amazônica, estabelecido, por nós, editoras de Outras Fronteiras, que emergiu com o objetivo primordial de reunir discussões sobre as populações amazônicas, centralizando-as nos debates e lançando-os – os inúmeros e diversificados povos nativos, escravizados e quilombolas – aos lugares de protagonismo. Assim, vemos e somos levados à face sombria dos processos de colonização e a trajetória de caboclos, posseiros e os diversos tipos de trabalhadores que se entranharam floresta a dentro e constituíram formas de vida próprias ligadas às condições locais, do mais remoto passado até os dias atuais. Repudiamos os mais variados tipos de dispositivos políticos e sociais, míticos e imaginários, tratamos aqui de discussões sobre os processos envolvendo suas vivências, culturas e crenças, transmigrações e movimentações, formas de colonização, avanços das frentes de expansão, resistências e lutas na longa duração da temporalidade histórica. No entanto, foi a Floresta que se mostrou central na maior parte dos artigos submetidos e analisados para a composição deste dossiê. A Floresta atingida pelas transformações socioeconômicas operadas pelas ações humanas e os sujeitos que, junto com ela, sofreram e sofrem processos de violência, de exploração, de esgotamento, de transmutações, de contínuos trânsitos e migrações, de lutas pela sobrevivência, lutas de resistência e re-existência.

Biografia do Autor

Viviane Gonçalves da Silva Costa, Doutoranda em História, PPGhis, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Professora em instituições de ensino superior público e privado. Possui graduação (2000-2004) e Mestrado (2005-2007) em História pela Universidade Federal de Mato Grosso. Doutoranda em História PPGHIS/UFMT (2019- ). Com experiência em pesquisa, docência e coordenação de ensino. Como pesquisadora, possui atuação, principalmente, nos seguintes temas: mulher, trajetórias, memória e artes. Atualmente desenvolve consultoria e pesquisa em história. 

Referências

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012. (Obras Escolhidas V.1.)

BECKER, Bertha K. Significância contemporânea da fronteira: Uma interpretação geopolítica a partir da Amazônia brasileira. In AUBERTIN, C (ed.). Fronteiras1988. Brasília: Universidade de Brasília (UNB)/ ORSTOM 1988.

MARTINS, José de Souza. O tempo da fronteira. Retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da frente de expansão e da frente pioneira. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 8(1): 25-70, maio de 1996.

Löwy, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio: Uma leitura das teses ‘Sobre o conceito de História’. São Paulo: Boitempo, 2005.

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Publicado

2022-03-15

Como Citar

Costa, V. G. da S., Marinato, F. A. ., Lobo, L., & Gama, L. C. . (2022). IMIGRAÇÃO, TRABALHO E LUTA NA AMAZÔNIA. Revista Outras Fronteiras, 8(2), 00. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/521