LEI 11.645/2008: MÚSICA INDÍGENA COMO FERRAMENTA DECOLONIAL E EDUCATIVA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

Autores

Palavras-chave:

ensino de história, decolonialidade, música

Resumo

Este artigo objetiva pensar novas reflexões para o ensino de história em que se enalteça o protagonismo indígena pela sua própria perspectiva, mais especificamente a partir de sua arte musical. Por ser relativamente recente, ainda há muito que se percorrer para que as discussões direcionadas pela Lei 11.645/2008 alcancem uma abrangência uniforme e efetiva. Interseccionar história, música e educação se apresenta como uma das alternativas para cumprir os propósitos da referida lei. Neste sentido, analisamos a música de artistas indígenas como Márcia Kambeba e Brô MC’s.

Biografia do Autor

Jessica Maria de Queiroz Costa, Universidade Federal do Pará

Licenciada em História pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia, graduada em História bacheralado e mestranda em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará.

Referências

ALMEIDA. Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias colônias do Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013.

BANIWA, Gersem dos Santos. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil hoje. Brasília: MEC, 2006.

BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 9ª. Ed. São Paulo: Contexto, 2004.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.

DOMINGUES, Maria Perpétua Batista. COTA, Flávia dos Santos. A diferença na sala de aula: reflexões sobre a história indígena escolar e a história da educação inclusiva. Revista do Laboratorio de Ensino de Historia e Educaçao. Porto Alegre, num.1, vol .1, julho-dezembro 2014.

GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Livros Didáticos e fontes de informações sobre as sociedades indígenas no Brasil. In: LOPES DA SILVA, Aracy & GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A Temática Indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. 20ª edição. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.

HENRIQUE, Márcio Couto. Conceitos e Preconceitos em História Indígena. In: COELHO, Wilma de Nazaré Baia. MAGALHÃES, Ana Del Tabor Vasconcelos (Orgs). Educação para a diversidade: olhares sobre a educação para as relações étnico-raciais. p.79-85.

KAMBEBA, Márcia Wayna. Marcia Wayna Kambeba, geógrafa: Abre-se um novo papel para a mulher indígena. [Entrevista concedida a Jacqueline Costa. O Globo. 10 de julho de 2017. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/conte-algo-que-nao-sei/marcia-wayna-kambeba-geografa-abre-seum-novo-papel-para-mulher-indigena-21566839.

KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto (Org). A outra margem do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

MIGNOLO, Walter. Cambiando las éticas y las políticas del conocimiento: lógica de la colonialidad y la postcolonialidad imperial. Tabula Rasa. Bogotá, n. 3, p.47-72, 2005.

_____________.Desobediência epistêmica: a opção decolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de letras da UFF, Rio de Janeiro, n. 34, p. 287 - 324, 2008.

MONTEIRO. Jhon Manuel. Armas e Armadilhas. História e resistência dos índios. In: Adauto Novaes (org.), A outra margem do Ocidente, São Paulo, Companhia das Letras, 1999.

MUNDURUKU, Daniel. Três reflexões sobre os povos indígenas e a lei 11.645/08.p.23 Disponível em: http://fundacaoarapora.org.br/moitara/wp-content/uploads/2016/02/19-Daniel-Munduruku.pdf < Acesso em 12 de abril de 2019 >.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder. In: LANDER, E. (Org.) A colonialidade de saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.

RICARDO, Carlos Alberto. “Os índios” e a sociodiversidade nativa contemporânea no Brasil. In: SILVA, Aracy Lopes da. GRUPIONI, Luíz Donizete Benzi (Orgs). A Temática Indígena na Escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. 20ª edição. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.p.29-60.

ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo; RIBEIRO, Jaime; CIAMBARELLA,

Alessandra (Org.). Ensino de História: usos do passado, memória e mídia. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2014.

SILVA, Julia Izabelle. Práticas Transidiomáticas e ideologias linguísticas no rap guarani-kaiwoa – Brô Mc’s: a mistura guarani-português como estratégia de negociação social e de luta política. Revista Domínio de Linguagens. 2016. Uberlândia,vol. 10 n.4, p. 1424-1448.

SILVA, Marcos Antônia da; FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas. Rev. Bras. Hist. [online]. 2010, vol.30, n.60, pp.13-33.

WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. IN: VIAÑA, Jorge; TAPIA, Luis; WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. La Paz: Convenio Andres Bello, 2010. p.75-96.

______________. La Interculturalidad en la educación. Lima: Ministerio de Educación, 2005.

Downloads

Publicado

2020-10-15

Como Citar

Costa, J. M. de Q. (2020). LEI 11.645/2008: MÚSICA INDÍGENA COMO FERRAMENTA DECOLONIAL E EDUCATIVA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA. Revista Outras Fronteiras, 7(1), 240–255. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/402