“QUE NÃO SE USE DE MISERICÓRDIA, MAS COM TODO O RIGOR DA JUSTIÇA”: MANOEL DE SOUZA, UM BÍGAMO CONDENADO PELO SANTO OFÍCIO (1741-1745)

Autores

  • Ronaldo Manoel Silva Mestrando em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco

Palavras-chave:

Tribunal da Inquisição, bispado de Pernambuco, crime de bigamia.

Resumo

Este estudo tem por objetivo analisar o processo inquisitorial do escravo Manoel de Souza que, após perpetrar o crime de bigamia no Pernambuco setecentista, foi enviado para o Reino e sentenciado pela Inquisição de Lisboa. Dentre os resultados possíveis, para além de um fragmento biográfico, a investigação trouxe à tona a cooperação do bispo de Olinda, D. Frei Luís de Santa Teresa, com o Tribunal do Santo Ofício em defesa da ortodoxia católica.

Biografia do Autor

Ronaldo Manoel Silva, Mestrando em História na Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Licenciatura em História (2009), especialização em História do Brasil (2015). Atualmente é mestrando em História (Linha de Pesquisa: Política, Instituições e Identidades) na Universidade Federal Rural de Pernambuco. É autor de Raízes da Intolerância: Inquisição e sodomitas em Pernambuco colonial (1593-1595). Brasília: Senado Federal, 2016. Investiga a repressão inquisitorial às minorias sexuais no Antigo Regime português.

Referências

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Publicado

2018-07-07

Como Citar

Silva, R. M. (2018). “QUE NÃO SE USE DE MISERICÓRDIA, MAS COM TODO O RIGOR DA JUSTIÇA”: MANOEL DE SOUZA, UM BÍGAMO CONDENADO PELO SANTO OFÍCIO (1741-1745). Revista Outras Fronteiras, 4(2), 5–23. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/278