A MEDICALIZAÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA, UM CRIME SEXUAL OCORRIDO EM CUIABÁ (1924)

Autores

  • Mayara Laet Moreira Universidade do Estado de Mato Grosso

Palavras-chave:

Defloramento, Racionalização do corpo, Biopoder.

Resumo

O presente artigo examina a medicalização da sexualidade feminina, a tensão entre desejos do corpo sexuado e normas de controle social, a partir da leitura do processo de crime de defloramento instaurado em 1924 na cidade de Cuiabá, requerido pelo pai de Antonia. O conceito de “biopoder” cunhado por Michel Foucault será utilizado como nexo analítico, o que implica em tencionar sua potencialidade para refletir o movimento de racionalização do corpo.

Biografia do Autor

Mayara Laet Moreira, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em História pela Universidade do Estado de Mato Grosso 2012/02. Atuou (2011 a 2012) como estagiária no Núcleo de Documentação de História Escrita e Oral (NUDHEO) órgão ligado ao Departemento de História/UNEMAT. Participando no mesmo período da organização dos arquivos da Delegacia de Polícia de Cáceres/MT. Atualmente é mestranda em História pela Universidade Federal de Mato Grosso. Desenvolve pesquisas na área de História e Gênero, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismo, sexualidade e corpo.

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Publicado

2017-08-15

Como Citar

Moreira, M. L. (2017). A MEDICALIZAÇÃO DA SEXUALIDADE FEMININA, UM CRIME SEXUAL OCORRIDO EM CUIABÁ (1924). Revista Outras Fronteiras, 4(1), 38–53. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/264

Edição

Seção

Dossiê Temático