NAS TRAMAS DA MEMÓRIA: OS GUARANI KAIOWÁ E A (RE)CONSTRUÇÃO TERRITORIAL

Autores

  • Rosely Aparecida Stefanes Pacheco Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Guarani Kaiowá, identidade, memória

Resumo

Um dos objetivos deste trabalho é verificar a importância da memória e da história oral na (re)construção dos territórios Guarani Kaiowá no Estado de Mato Grosso do Sul.  Também demonstrar como esses povos por meio de suas mobilizações territoriais, seguem mantendo suas dinâmicas de (re)definição das fronteiras territoriais à medida que reelaboram, com base na identidade e pertencimento seus territórios (tekoha). 

Biografia do Autor

Rosely Aparecida Stefanes Pacheco, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mestre em História, linha de Pesquisa História Indígena (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Professora curso de História e Direito (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul)  Membro OAB/MS da Comissão Especial Permanente de Assuntos Indígenas. Membro Centro de Estudos e Pesquisa: Educação, Gênero, Raça e Etnia – CEPEGRE/UEMS/CNPQ Endereço eletrônico roselystefanes@gmail.com

Referências

“A Constituição de 1988 representa uma clivagem em relação ao sistema constitucional pretérito, uma vez que reconhece o Estado brasileiro como pluriétnico, e não mais pautado em pretendidas homogeneidades, garantidas ora por uma perspectiva de assimilação, mediante a qual sub-repticiamente se instalam entre os diferentes grupos étnicos novos gostos e hábitos, corrompendo-os e levando-os a renegarem a si próprios ao eliminar o específico de sua identidade, ora submetendo-os forçadamente à invisibilidade”. (DUPRAT, Deborah Macedo. O Estado Pluriétnico, disponível em http://ccr6.pgr.mpf.gov.br/documentos-e- publicacoes/docs_artigos/estado_plurietnico.pdf, acesso em 28/11/2015)

“Quienes desconocen sus formas propias de organización llegan a afirmar que actúan de manera anárquica, que asi no se puede. (...) pero los pueblos saben lo que les conviene y usan formas organizativas propias, porque les han funcionado por años, sin importales que otros no las compartan. Las pratican y las fortalecen, adaptándolas a sus necessidades”.

“hay que celebrar que muchos pueblos y comunidades indígenas hayan decidido no esperar pasivamente a que los câmbios vengan de fuera (...) desatan procesos donde se ensayan nuevas formas de entender el derecho, imaginan otras maneras de ejercer el poder y construyen otros tipos de ciudadanías”. (BÁRCENAS, Francisco López. Las autonomias indígenas en México: de la demanda de reconocimiento a su constituición. In: Gutierrez Raquel y Fabiola Escárzaga. Movimiento indígena en América Latina: resistencia y proyecto alternativo, Volumen II. Universidad Autonoma de Puebla, 2006).

“El tekoha es el lugar en que vivimos según nuestra costumbre. […] Su tamaño puede variar en superficie […], pero estructura y función se mantienen igual: tienen liderazgo religioso propio (tekoaruvixa) y político(mburuvixa, yvyra’ija) y fuerte cohesión social. Al tekoha corresponden las grandes fiestas religiosas (avatikyry y mitã pepy) y las decisiones a nivel político y formal en las reuniones generales (aty guasu). El tekoha tiene un área bien delimitada generalmente por cerros, arroyos o ríos y es propiedad comunal exclusiva (tekohakuaaha); es decir que no se permite la incorporación o la presencia de extraños. El tekoha es una institución divina (tekoha ñe’ẽ pyru jeguangypy) creada por Ñande Ru”. (MELIÁ Bartomeu, Georg GRÜNBERG e Friedl GRÜNBERG. Los Paῖ-Tavyterá. Etnografía guaraní del Paraguay contemporáneo , Suplemento Antropológico de la Revista Ateneo Paraguayo, 9 (1-2), pp. 151-295, Asunción, 1976. p. 208).

“Sempre, e sempre de modo diferente, a ponte acompanha os caminhos morosos ou apressados dos homens para lá e para cá, de modo que eles possam alcançar outras margens... A ponte reúne enquanto passagem que atravessa”. (BHABHA, Homi K. O local da cultura. Trad. Maria Luiza Cyrino Valle. Belo Horizonte: UFMG, 1998, p.24).

Downloads

Publicado

2016-06-28

Como Citar

Stefanes Pacheco, R. A. (2016). NAS TRAMAS DA MEMÓRIA: OS GUARANI KAIOWÁ E A (RE)CONSTRUÇÃO TERRITORIAL. Revista Outras Fronteiras, 3(1), 5–22. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/193

Edição

Seção

Dossiê Temático