A MEMÓRIA E A ORALIDADE NO CONFLITO: O CASO DA LUTA PELA TERRA MARÃIWATSÉDÉ (1960-2012)
Palavras-chave:
Memória, Oralidade, Conflito.Resumo
A luta pela terra Marãiwatsédé entre 1960 a 2012 foi protagonizada pelos Xavantes e os posseiros da Suiá que passaram, a partir de 1992 a realizar batalhas midiáticas e jurídicas que tiveram como base as controvérsias geradas nos laudos antropológicos de 1992 e o de 2006. O principal motivo das controvérsias foi uso da memória e a oralidade como fontes e provas, sendo também usadas pelos Xavante para narrarem sua “versão da história” e terem legitimidade sobre o território.Referências
BRINGMANN, Sandor. F. História Oral e História Indígena: Relevância social e problemática nas Terras Indígenas brasileiras. In: Revista Latino-Americana de História, v.1, n. 4, p. 7-23, Dez. 2012
CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado: Pesquisas de Antropologia Política. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1990
CRUIKSHANK, Julie. Tradição Oral e História Oral: revendo algumas questões. In: FERREIRA, Marieta M.; AMADO, Janaina; (Org.) Usos e abusos da história oral. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. p.149-164.
Dicionário de Ciências Sociais. Antônio Garcia de Miranda Neto et al, Rio de Janeiro: FGV, 1987.
DOSSE, François. Renascimento do acontecimento. Um desafio para o historiador: entre Esfinge e Fênix. São Paulo: Editora Unesp, 2013.
FERREIRA, Marieta M.; AMADO, Janaina; (Org.) Usos e abusos da história oral. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. p.149-164.
FREITAS, Edinaldo. B. de. Fala de índio, História do Brasil: o desafio da etno-história indígena. In: História Oral, São Paulo, n. 7, p. 181-197, jun. 2004. P.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006. p.29.
LEITE, Ilka Boaventura. O legado do testemunho: a Comunidade de Casca em perícia. Florianópolis: NUER/UFSC, 2002.
MOREIRA LEÃO, João. [Laudo]. Laudo de Perícia Judicial da Reserva Indígena Marãiwatsédé (2003).
POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. In: Revista Estudos Históricos, Brasil, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.
RAMOS, Alcida. R. Vozes indígenas: o contato vivido e contado. In: Série Antropologia. Brasília, n. 66, p. 1-32, 1988.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas-SP: Editora UNICAMP, 2007, p. 455.
RODRIGUES, Patrícia de Mendonça. [Laudo]. Relatório de identificação da área indígena “Marãiwatsédé”. Brasília: FUNAI, Portaria n. 9 de 20/01/1992.
ROSA BUENO, Inês. [Laudo]. Laudo Antropológico Terra Indígena Marãiwatsédé. Ação Civil Pública número 950000679- MPF (2006)
ROSA, Juliana Cristina da. (2015) A luta pela terra Marãiwatsédé: povo Xavante, Agropecuária Suiá-Missú, posseiros e grileiros do Posto da Mata em disputa (1960-2012). Dissertação (Mestrado em História) -- UFMT, Cuiabá, 2015,
WOORTMAN, Ellen F. Homens de hoje, mulheres de ontem: Gênero e memória no seringal. In: BRITO DE FREITAS, Cornélia (Org.) Memórias: Anais do I Seminário e da II Semana de Antropologia da Universidade Católica de Goiás. Goiânia: Ed. UCG. 1998. p.90.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O envio de manuscritos implica a cessão de direitos autorais e de publicação à Revista Outras Fronteiras, que não se compromete com a devolução das colaborações recebidas.