A MEMÓRIA E A ORALIDADE NO CONFLITO: O CASO DA LUTA PELA TERRA MARÃIWATSÉDÉ (1960-2012)

Autores

  • Juliana Cristina da Rosa Universidade Federal do Mato Grosso

Palavras-chave:

Memória, Oralidade, Conflito.

Resumo

A luta pela terra Marãiwatsédé entre 1960 a 2012 foi protagonizada pelos Xavantes e os posseiros da Suiá que passaram, a partir de 1992 a realizar batalhas midiáticas e jurídicas que tiveram como base as controvérsias geradas nos laudos antropológicos de 1992 e o de 2006. O principal motivo das controvérsias foi uso da memória e a oralidade como fontes e provas, sendo também usadas pelos Xavante para narrarem sua “versão da história” e terem legitimidade sobre o território. 

Biografia do Autor

Juliana Cristina da Rosa, Universidade Federal do Mato Grosso

Mestre em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (2015). Graduação em Ciências Sociais (2012). Professora Substituta do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Mato Grosso. Pesquisadora do NERU Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos (UFMT).

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Publicado

2016-06-28

Como Citar

da Rosa, J. C. (2016). A MEMÓRIA E A ORALIDADE NO CONFLITO: O CASO DA LUTA PELA TERRA MARÃIWATSÉDÉ (1960-2012). Revista Outras Fronteiras, 3(1), 51–75. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/191

Edição

Seção

Dossiê Temático