Crescimento e Estagnação: Os Limites da Política Econômica Brasileira do Século XXI

Autores

  • Leonardo Flauzino Souza leo.flauzino@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.19093/res.v16i32.2144


Resumo

A economia brasileira vivenciou um ciclo expansivo ao longo da década de 2000, marcado pela expansão do investimento, geração de empregos e aumento da renda corrente. Após a crise econômica de 2008, que, apesar de ter seu epicentro nos mercados de dívida hipotecária norte-americana, se alastrou para várias economias do mundo, a economia brasileira entrou em uma fase de baixo crescimento, queda dos investimentos, mas com manutenção do nível de emprego. Este trabalho tem por objetivo mostrar que o recente ciclo da economia brasileira está intimamente relacionado aos mercados externos, tanto na sua fase expansiva, quanto na recessiva. Os elevados saldos em transações correntes diminuíram a dependência em relação ao capital externo para manter a estabilidade de preços, o que permitiu reduzir a taxa de juros e desvencilhar o investimento agregado. O próprio aumento da renda interna contribuiu para a redução do saldo comercial, mas a crise de 2008 intensificou este movimento, reduzindo as taxas de crescimento da economia nacional. Desta forma, a economia brasileira voltou a depender da entrada de capitais para a manutenção da estabilidade de preços e do arcabouço de políticas macroeconômicas que favorecem este movimento, a sacrificar ainda mais o crescimento do produto.

Biografia do Autor

  • Leonardo Flauzino Souza, Universidade Federal de Mato Grosso
    Professor Assistente da Universidade Federal de Mato Grosso, Doutorando em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

2014-12-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Crescimento e Estagnação: Os Limites da Política Econômica Brasileira do Século XXI. (2014). Revista De Estudos Sociais, 16(32), 205-226. https://doi.org/10.19093/res.v16i32.2144