UMA ANÁLISE DOS CONGLOMERADOS FINANCEIROS NO RECENTE CICLO ECONÔMICO BRASILEIRO

Autores

  • Rômulo Bernardo dos Santos romulobernardo@hotmail.com
    Universidade Federal Fluminense
  • Rodrigo Milano de Lucena milano.rodrigo@hotmail.com
    Universidade Federal de Rondonópolis

DOI:

10.30781/repad.v3i3.9135

Palavras-chave:

Fragilidade Financeira, Conglomerados Financeiros, Economia Brasileira

Resumo

O presente trabalho buscou analisar, sob a perspectiva da Hipótese de Fragilidade Financeira de Hyman Minsky, como os cinco maiores conglomerados financeiros que atuam no Brasil se comportaram na gestão de suas estruturas patrimoniais entre 2007 a 2016. Para tanto, foram utilizados dados da plataforma digital IF.data disponibilizada pelo Banco Central do Brasil que concedem a possibilidade de analisar a evolução da estrutura patrimonial dos conglomerados financeiros que atuam na economia brasileira. Como método de análise foram calculados índices que mensuram o grau de alavancagem e a composição dos ativos das instituições financeiras. Verificou-se que em períodos de expansão da atividade econômica, como o período observado na economia brasileira entre 2007 a 2013, os cinco maiores conglomerados financeiros se expuseram a maiores riscos (devido a melhoria nas expectativas dos empresários e a necessidade de ampliar o Market share) ampliando consequentemente em sua estrutura patrimonial ativos com menor liquidez e consequentemente maior rendimento. Já em períodos de desaceleração da atividade econômica e grande incerteza com relação ao comportamento dos indicadores macroeconômicos, como se verificou na economia brasileira no período que compreende aos anos 2014 a 2016, as instituições financeiras expandiram operações que possuíam maior margem de segurança, ampliando na composição de suas estruturas patrimoniais ativos que possuam maior liquidez. Os resultados supracitados estão de acordo com a base teórica explicitada.

Downloads

Biografia do Autor

Rômulo Bernardo dos Santos, Universidade Federal Fluminense

Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Mestrando em Economia pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense.

Rodrigo Milano de Lucena, Universidade Federal de Rondonópolis

Doutorando em Economia pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense (PPGE-UFF). Mestre em Administração pelo Programa de Pós-Graduação  da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - PPGad-UFMS. Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Referências

BARBOSA, N.; SOUZA, J. A. P. DE. A Inflexão Do Governo Lula: Política Econômica, Crescimento E Distribuição De Renda. Brasil, entre o Passado e o Futuro, p. 1–42, 2010.

BIELSCHOWSKY, R.; SQUEFF, G. C.; VASCONCELOS, L. F. Evolução dos investimentos nas três fontes de expansão da economia brasileira na década de 2000. Brasília: IPEA, 2015. (Textos para Discussão, n. 2063)

CARDOSO JÚNIOR, J.; NAVARRO, C. O planejamento governamental no Brasil e a experiência recente (2007 a 2014) do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Brasília: IPEA, 2016 (Textos para Discussão, n. 2174).

CORRÊA, M. F.; LEMOS, P. DE M.; FEIJO, C. Financeirização, empresas não financeiras e o ciclo econômico recente da economia brasileira. Economia e Sociedade, v. 26, n. Número Especial, p. 1127–1148, 2017.

FONSECA, A. DE O. A Hipótese de Fragilidade Financeira e a Recessão Brasileira de 2014-2017. Anais do XI Encontro da AKB. “Desafios para a Economia Brasileira: uma perspectiva keynesiana”. Anais...Porto Alegre: Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, 2018

KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda. São Paulo: Nova Cultura, 1996.

KLEIN, M. A. A theory of the banking firm. Journal of Monetary Economics, v. 1, n. 1, p. 123–128, jan. 1975.

LACERDA, A. C. DE. Dinâmica e evolução da crise: discutindo alternativas. Estudos Avançados, v. 31, n. 89, p. 37–49, abr. 2017.

MELLO, G.; ROSSI, P. Do industrialismo à austeridade : a política macro dos governos Dilma. Campinas: IE Unicamp, 2017. (Textos para Discussão, n. 309).

MENDONÇA, M. P.; CAVALCANTE, A. Fragilidade Financeira do setor bancário brasileiro. Anais do XI Encontro da AKB. “Desafios para a Economia Brasileira: uma perspectiva keynesiana”. Anais...Porto Alegre: Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, 2018

MINSKY, H. Stabilizing an Unstable Economy. Nova Haven: Yale University Press, 1986.

MINSKY, H. P. The Financial Instabiity Hypothesis. New York: Jerome Levy Economics Institute of Bard College, 1992 (Working Paper, No. 74).

PAULA, L. F. DE. Sistema Financeiro, bancos e financiamento da economia: uma abordagem keynesiana. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2015.

PAULA, L. F. DE; ALVES JÚNIOR, A. J. Comportamento dos bancos, percepçãao de risco e margem de segurança no ciclo minskiano. Análise Econômica, v. 21, n. 39, 2003.

SERRANO, F.; SUMMA, R. Demanda agregada e a desaceleração do crescimento econômico brasileiro de 2011 a 2014. Center for economic and policy research, p. 1–42, 2015.

SINGER, A. O Ensaio desenvolvimentista no primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014). Novos Estudos, v. 102, p. 43–71, 2015.

Downloads

Publicado

2019-12-31

Como Citar

SANTOS, R. B. dos; LUCENA, R. M. de. UMA ANÁLISE DOS CONGLOMERADOS FINANCEIROS NO RECENTE CICLO ECONÔMICO BRASILEIRO. Revista Estudos e Pesquisas em Administração, [S. l.], v. 3, n. 3, p. 31–54, 2019. DOI: 10.30781/repad.v3i3.9135. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/repad/article/view/9135. Acesso em: 26 nov. 2024.